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Nacional
Olga Roriz regressa à mitologia com «Orfeu e Eurídice»
Olga Roriz (Lusa)
Redação Lux em 22 de Fevereiro de 2014 às 13:43
A nova coreografia de Olga Roriz, «Orfeu e Eurídice», encomendada pela Companhia Nacional de Bailado (CNB), vai estrear-se com música ao vivo, na quinta-feira, no Teatro Camões, em Lisboa.

De acordo com a CNB, o espetáculo, com coreografia de Olga Roriz, música de Christoph Willibald Gluck, e cenários e figurinos de Nuno Carinhas, vai estar em palco até 16 de março.

Os espetáculos vão ter acompanhamento musical ao vivo pelos agrupamentos Divino Sospiro, Ecce Ensemble e pelo Coro da Escola Superior de Música de Lisboa, sob a direção do maestro Massimo Mazzeo, com o regente Paulo Vassalo Lourenço a dirigir o coro.

A CNB fez esta encomenda a Olga Roriz no quadro dos trezentos anos do nascimento de Christoph Willibald Gluck, que assinou aquela partitura, considerada uma das mais magistrais do compositor alemão, marco na chamada reforma da ópera séria, que veio pôr em causa os excessos do drama, fundados em particular sobre o modelo napolitano tardio.

A ópera estreou-se em Viena, em 1762, durante as festividades em honra do imperador Frederico I e, numa segunda versão, em 1774, em Paris, a convite da rainha Maria Antonieta.

Foi na altura considerada uma obra revolucionária e de fronteira com grandes repercussões no meio musical europeu, tendo Gluck e Ranieri de¿Calzabigi, autor do libreto, alcançado fama imediata pela controvérsia gerada em torno das inovações introduzidas nos cânones operáticos da época.

Tal como na música, também na dança muitos coreógrafos se inspiraram no mito grego de Orfeu e Eurídice para criar: Pina Bausch (1975), Marie Chouinard (2008) e Mark Morris, que produziu e coreografou mais do que uma versão.

Esta nova coreografia de Olga Roriz vem juntar-se a outras concebidas para a CNB pela criadora, como «As Troianas» (1985), «Pedro e Inês» (2003), «Uma Coisa em Forma de Assim»(2011) e, mais recentemente, «Noite de Ronda» (2011).

De acordo com o mito grego, a história de amor entre Orfeu, guerreiro com talento musical e a ninfa Eurídice, acaba tragicamente com a morte da amada, mordida por uma serpente.

Com a sua música e o seu lamento, Orfeu conseguiu convencer os deuses a entrar no reino dos mortos para a resgatar, sem sucesso.

«Orfeu e Eurídice poderia ser um jovem casal dos nossos dias (...) podia ser qualquer um de nós numa união do princípio masculino ao feminino. Ao longo dos tempos, a transformação e evolução da sociedade e das nossas mentalidades são uma realidade, mas o que é genuinamente importante nunca muda», sublinha Olga Roriz num texto sobre a nova peça.

Em fevereiro, «Orfeu e Eurídice» será apresentado pela CNB, na quinta-feira e na sexta-feira, às 21:00, e para escolas a 05 de março, às 15:00.

Ainda em março, os espetáculos, às 21:00, estão marcados para os dias 01, 06, 07, 08, 13, 14, 15, e, nas tardes de domingo, às 16:00 dos dias, 02, 09, e 16.

O ensaio geral solidário desta peça está marcado para quarta-feira, às 21:00, a favor da associação SOS Voz Amiga, a Associação ILGA - Portugal ¿ Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero e a Umar ¿ União de Mulheres Alternativa e Resposta.

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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