Luís Figo, que é candidato à presidência da FIFA, discursou esta quinta-feira (19) sobre a sua candidatura, no Estádio de Wembley, em Londres.
«Quero que se volte a ter confiança na FIFA», sublinhou o ex-jogador português, que falou em inglês.
«Espero que percebam a visão que tenho e a minha paixão. O futebol corre nas minhas veias. Quero trazer verdadeiras transformações e mudanças à FIFA», continuou Luís Figo, que respondeu ainda a várias questões dos jornalistas.
Sobre as expetativas em relação à sua candidatura, o português revelou que está cada vez mais confiante e convencido de que vai conseguir alcançar o seu objetivo, apesar de saber que «há obstáculos» que vai ter de «ultrapassar».
Entre o manifesto eleitoral está a vontade de alargar o Campeonato do Mundo a 40 ou mesmo 48 equipas.
«Isto seria possível com mais três ou quatro dias de prova. Acredito que as vagas adicionais devem ser para equipas não-europeias», explicou o português.
Entre outas medidas concretas, relativas à forma como se joga, Figo mostrou-se ainda favorável à utilização da tecnologia na linha de baliza, e empenhado mesmo num debate relativo ao uso de outras tecnologias no futebol.
O antigo internacional manifestou ainda a intenção de «acabar com a lei da tripla punição», «recuperar a antiga definição da lei do fora de jogo» e «testar as sin bins», que são as áreas onde os jogadores ficam a cumprir um castigo durante um determinado período de tempo, para depois voltarem ao jogo.
Luís Figo expressou ainda a vontade de «mudar radicalmente» a distribuição de verbas, estabelecendo como prioridade o aumento de dez por cento dos praticantes em todas as associações, nos próximos quatro anos. O antigo jogador de Sporting, Barcelona, Real Madrid e Inter pretende ainda que as federações principais transmitam conhecimento aos membros mais pequenos.