Foi em casa, junto de algumas das pessoas mais próximas, que Manuel Ferreira Enes morreu, no passado dia 19, aos 80 anos.
O relações públicas não resistiu a cerca de um ano de luta contra o cancro, mas, até aos últimos dias, a sua doença não foi tema de lamentações: «Ele não falava nisso. Quando lhe perguntava, dizia sempre que já estava melhor. Nunca o vi mal disposto», recordou a sua amiga Virgínia d¿Almeida Gerardo, num desabafo. «Era um amigo fiel, generoso. Já me está a fazer muita falta!»
O velório teve lugar na Igreja da Ressurreição, em Cascais, de onde o corpo seguiu para o Centro Funerário de Barcarena, para ser cremado.
Presente em todas as cerimónias fúnebres esteve o seu
melhor amigo, Paulo Fastino. «Tratei dele com o maior carinho. Ele era a pessoa mais positiva do mundo. Nunca tivemos uma única discussão, poi ele era muito dedicado àqueles de quem gostava. Quando gostava, gostava a sério, jamais dizia mal de alguém», afirmou Paulo.
Manuel Ferreira Enes foi relações públicas do Hotel
da Lapa, da cadeia Orient Express, e passou 35 anos da sua vida profissional no Brasil, a trabalhar na aviação comercial.
Naquele país, foi agraciado com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, no grau de comendador, atribuída pelo então presidente brasileiro, Fernando Henrique Cardoso.