Pedro Santana Lopes apresenta, esta quinta-feira, às 18h30, a biografia «Alberto João Jardim. O rei da madeira» de Maria Henrique Espada, na livraria Bulhosa Entrecampos.
Sinopse:
Em Coimbra, a animação era uma constante. O Barão, alcunha pela qual Alberto João Jardim era conhecido desde os tempos de liceu, estava sempre no centro da festa. Os estudos, esses, ficavam para trás e foram concluídos a custo. Quem não lhe vaticinava grande futuro enganou-se. De professor de liceu e colunista pouco conhecido do Jornal da Madeira, apontado muitas vezes como próximo do regime de Salazar, Alberto João Jardim transformou-se, quatro anos depois do 25 de Abril de 1974, no incontestado presidente do Governo Regional. A jornalista Maria Henrique Espada traça o retrato político e pessoal do homem que está há 32 anos no poder na Madeira. Nesta biografia não autorizada, ficamos a conhecer a sua ligação à fundação do PPD/Madeira, o apoio que teve do bispo e da Igreja, a sua acção como líder parlamentar, os bastidores do seu primeiro governo, o papel fundamental, embora inadvertido, na ascensão de Cavaco Silva em 1985 e as suas hesitações e ambições de se tornar líder do PSD Nacional. De verbo fácil, rápido e inspirado, exagerado, controverso, com capacidade de executar, ainda que recorrendo à dívida para se financiar, descarado e com uma enorme capacidade negocial e reivindicativa, Alberto João Jardim é uma figura incontornável da política portuguesa. Por si, já passaram vários presidentes, primeiros-ministros e ministros. Jardim cruzou-se com praticamente todos os protagonistas da História portuguesa do pós-25 de Abril e ele permanece.