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Nacional
Mais de duas mil pessoas marcharam contra a fome em Lisboa
Marcha Contra a Fome em Lisboa (Lusa)
Redação Lux  com Lusa em 7 de Junho de 2010 às 13:00
Ao fim de uma hora de marcha junto ao Tejo, em Belém, cerca de 2500 participantes da Marcha Contra a Fome cortaram a meta, um gesto simbólico para despertar consciências contra a fome no mundo.

Famílias em passeios de domingo na zona de Belém é algo habitual nos hábitos de fim de semana dos lisboetas, mas hoje de manhã muitas trocaram o passeio tranquilo por uma marcha com objetivos: lutar contra a fome no mundo.

Eduardo Queijo, da organização da edição portuguesa da Marcha contra a Fome, que se realizou, este domingo, em Lisboa e no Porto, adiantou que no total das duas cidades cerca de cinco mil pessoas participaram, à semelhança do que tinha acontecido no ano anterior, ficando assim por cumprir o objetivo de superar os números de 2009, que permitiram a doação de 50 mil euros, o equivalente a 250 mil refeições.

Também de acordo com a organização, em Lisboa terão estado pouco mais de metade dos cerca de cinco mil inscritos, que poderiam ter sido mais, não fosse um feriado durante a semana a permitir uma ponte.

Entre os muitos participantes esteve também, na condição de candidato presidencial como fez questão de afirmar, Fernando Nobre, presente para lembrar que há motivos para tornar a luta contra a fome no mundo numa causa muito mais próxima dos portugueses.

«Vou marchar enquanto candidato a Presidente da República para dizer que o futuro Presidente da República de Portugal está preocupado com o futuro dos portugueses e a fome no nosso país, por isso estou aqui para dar a cara, com toda a frontalidade, para dizer que nós podemos acabar com isso», declarou aos jornalistas.

Felizarda Matos, uma das participantes, disse estar ali «para ajudar» e por ter consciência que «há muita fome no mundo e também em Portugal». Justina, outra participante, marcou presença pelos mesmos motivos e deixou recados.

«Enquanto se gasta milhares de euros em coisas que nada servem se calhar seria melhor pensarmos que metade desses milhares de euros dava para alimentar uns quantos milhões de crianças», criticou.

Justina diz que vive «rodeada de crianças» e que fica sempre «muito aflita quando as vê deixar comida no prato» e se lembra das que «nada têm para comer», mas o neto Diogo, de 13 anos, que se fez acompanhar dos amigos Jorge, de 14, e Daniela, de 12, até mostrou estar a par do problema.

«Resolvemos vir marchar contra a fome, para ajudar e contribuímos cada um com um euro para ajudar as crianças em África e no mundo inteiro», disse.

A Marcha Contra a Fome realiza-se desde 2003 e este ano decorre em 65 países, entre os quais o estreante Iraque, decorrendo ao longo de 24 horas, nos 24 fusos horários do globo.

Pagando uma inscrição no valor de cinco euros, cada participante contribui para a distribuição de 25 refeições escolares no âmbito do Programa de Refeições Escolares do Programa Alimentar das Nações Unidas, que ajuda crianças subnutridas nos países mais pobres do mundo.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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