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Portugalidade de Joana Vasconcelos garante recorde para exposição
Joana Vasconcelos - Joana Vasconcelos inaugura exposição em Lisboa Fotos: Tiago Frazão Lux
Redação Lux em 26 de Agosto de 2013 às 11:09
Joana Vasconcelos acredita que a ¿portugalidade vende¿ e prova disso é que a sua exposição no Palácio da Ajuda chegou hoje ao fim com 232 mil visitantes, um recorde histórico de visitas para uma mostra de arte individual.

A artista faz dos cincos meses em que o Palácio da Ajuda mostrou a Joana Vasconcelos de Versailles ¿um balanço absolutamente extraordinário¿.

¿Foi a exposição [individual] mais visitada do país. Uma pessoa nunca pensa nisso quando faz uma exposição, mas, de repente, os números falam por si e isto mostra que os portugueses estão neste momento à procura de contemporaneidade, à procura do seu património, estão interessados na divulgação do seu país¿, afirmou a artista à Lusa a escassos minutos do encerramento da mostra.

"Há o sentimento de darmos valor à nossa cultura, seja ela uma cultura do passado seja uma cultura do futuro, que eu represento aqui¿, afirmou.

Para Joana Vasconcelos, ¿é muito importante que se perceba que os portugueses não estão, seja de que maneira for, a dormir ou estão cansados. Os portugueses estão ativos e estão dinâmicos e esta exposição é exatamente um reflexo disso¿.

Os ingredientes do sucesso serão vários. Joana Vasconcelos diz que fala de ¿várias coisas¿ na sua obra, mas identifica algumas razões para a aceitação que o público demonstra.

¿Utilizo vários materiais do quotidiano, coisas que as pessoas conhecem. No fundo, consigo um cruzamento entre o quotidiano, o dia-a-dia das pessoas, e uma poética que é reservada às artes plásticas, e que passa por redimensionar o nosso quotidiano e perspetivá-lo para o futuro. Dar-lhe uma poética¿, explica.

¿As pessoas quando vêm aqui identificam-se porque percebem aquilo que estou a querer dizer. De alguma maneira, podemos todos olhar para aquilo que temos e podemos sempre ter esperança e ter poética no nosso dia-a-dia¿, acrescentou.

A ¿portugalidade¿ continuará no centro da expressão da artista, porque Joana Vasconcelos é quem é.

¿É quem eu sou. Eu sou portuguesa. Portanto, a portugalidade terá sempre reflexo na minha obra porque é quem eu sou. A minha obra é feita de sinceridade, de identidade, é feita daquilo que eu penso sobre ser portuguesa e ser portuguesa no mundo. Portanto, não é um tema, é uma realidade¿, disse.

Nos próximos meses, quem quiser ver o trabalho da artista, terá que visitar o novo museu do Futebol Clube do Porto, ou em alternativa deslocar-se a Paris para a ver no museu da casa de alta costura Christian Dior. E há um museu em Telavive que também está à sua espera, assim como um em Manchester, outro em Viena, e também no Brasil.

LUSA
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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