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Nacional
Redação Lux em 25 de Agosto de 2013 às 14:49
Vídeo: Recorde a carreira de António Borges
Redação Lux em 25 de Agosto de 2013 às 14:49
O economista social-democrata António Borges, que hoje morreu aos 63 anos, destacou-se pela carreira internacional e pelas medidas polémicas defendidas para enfrentar a crise económica nacional.

António Mendo de Castel-Branco do Amaral Osório Borges nasceu em Ramalde, Porto, a 18 de novembro de 1949, era casado e tinha 4 filhos.

Borges era militante do Partido Social Democrata, do qual foi vice-presidente da Comissão Política Nacional, entre 2008 e 2010, sob a liderança de Manuela Ferreira Leite.

Depois de se licenciar em Economia e Finanças, em 1972, no antigo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras da Universidade Técnica de Lisboa, António Borges estabeleceu-se nos Estados Unidos, em 1976, onde obteve os graus de Mestre e Doutor em Economia.

O economista foi docente do INSEAD, em França, em 1980, instituto de que foi diretor e reitor nos anos 90.

Em Portugal lecionou na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa e na Universidade Católica, onde era professor catedrático convidado.

António Borges foi Vice-Governador do Banco de Portugal, foi Vice-Presidente do Conselho de Administração do Banco Goldman Sachs International, em Londres, e foi administrador de várias empresas, nomeadamente do Citibank, do BNP Paribas, da Petrogal, da Sonae, da Jerónimo Martins, Cimpor e Vista Alegre.

Foi ainda consultor do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, do U.S. Electric Power Research Institute, da OCDE e colaborou com a União Europeia na criação da União Económica e Monetária.

Em 2010 foi nomeado diretor do Departamento Europeu do Fundo Monetário Internacional. Nesse ano foi-lhe diagnosticado o cancro no pâncreas que lhe causou a morte.

Era Presidente do Instituto Europeu de Corporate Governance e administrador da Fundação Champalimaud.

Foi escolhido pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho para liderar a equipa que acompanhava, junto da 'troika', os processos de privatizações, as renegociações das parcerias público-privadas, a reestruturação do setor empresarial do Estado e a situação da banca.

Reconhecido como «um economista brilhante», António Borges assumiu algumas posições polémicas, nomeadamente defendeu que era urgente reduzir salários.

Em 2012, quando o Governo propôs a redução da Taxa Social Única para as empresas e uma subida para os trabalhadores, que foi rejeitada pela maioria dos empresários, António Borges acusou-os de serem «completamente ignorantes», o que suscitou fortes críticas.

LUSA

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Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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