O futebolista português Cristiano Ronaldo manifestou-se hoje «extremamente feliz» depois de ter renovado o seu contrato com o Real Madrid até 2018 e admitiu que pode terminar a carreira no clube espanhol.
«Quero agradecer aos meus companheiros, ao meu treinador e ao presidente porque finalmente chegámos a um acordo que me deixa extremamente feliz. É um prémio continuar nesta casa, que me deu muitas coisas. Vou continuar com trabalho e espírito de sacrifício em todos os jogos. Vou dar o melhor de mim», afirmou o internacional português.
As declarações de Ronaldo contrastam com as que fez há cerca de um ano após um jogo com o Granada, afirmando que não festejou o golo marcado por estava «triste» e que o presidente, Florentino Pérez, sabia porquê.
«Para mim, este é um dia muito especial. Estou muito agradecido ao meu presidente. Estou extremamente feliz», insistiu Cristiano Ronaldo, que estendeu o seu vínculo ao Real pelas próximas cinco temporadas, incluindo a atual. «Pode ser o final da minha carreira nesta casa e está tudo dito», frisou o extremo madeirense, de 28 anos.
Cristiano, que ingressou no Real Madrid em 2009, vindo do Manchester United a troco de 94 milhões de euros, então um valor recorde, explicou como se chegou a um acordo entre as partes, depois de uma época recheada de rumores sobre a sua eventual saída do clube.
«Tínhamos um acordo praticamente no final da temporada. O presidente deu a sua palavra e eu também. Desde o final da temporada. Era algo que sempre quis. Queriam que continuasse no clube e eu também. Por eles, pelos adeptos do Madrid. Foi uma situação muito longa talvez para vocês [jornalistas], mas para nós não», garantiu Ronaldo.
Sobre a tristeza manifestada no início da época passada, CR7 disse que todos têm dias bons e maus e afirmou que terá cometido um erro ao fazer o desabafo publicamente.
Ronaldo escusou-se a valar nos valores envolvidos no contrato, embora o jornal Marca tenha noticiado que o português vai ganhar 17 milhões de euros por época, o que o coloca a par do suceo Zlatan Ibrahimovic, do Paris Saint-Germain, como futebolistas mais bem pagos do mundo.
«Na vida há coisas mais importantes do que o dinheiro. É importante, sim, não vou mentir, mas a prioridade é um projeto de futuro, estar no melhor clube do mundo. O presidente contrata os melhores jogadores e sinto-me incluído nisto. Esta equipa pode ganhar mais ligas, mais taças e mais Champions. Sinto-me integrado neste projeto. O dinheiro não é problema. Se não sou o primeiro [mais bem pago], não me importa», disse.
Sobre os motivos que o levaram a prolongar por três anos o contrato que terminava em 2015, Ronaldo aludiu ao carinho demonstrado pelos adeptos, definindo o público do Bernabéu como «único», admitindo depois que lhe passou pela cabeça deixar o Real Madrid.
«Não pensei, ou talvez tenha pensado, mas foi algo que não me tirou o sono. Não era algo que quisesse. Queria ficar no melhor clube do mundo. Sais de Madrid, está no top e há que estar no top. Gosto de estar no top e o Real Madrid é o top onde ficar muitos anos», declarou.
Lusa
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