O Papa Francisco fez história ao concretizar a primeira visita de um chefe de Estado do Vaticano ao Iraque, país muçulmano de maioria xiita, numa missão em que se apresentou como “peregrino da paz”.

O Papa de 84 anos percorreu 1.445 quilómetros em território iraquiano, tendo-se deslocado a Bagdade, Mossul, Qaragosh, Ur e Erbil, não se tendo registado quaisquer incidentes.

A agenda papal incluiu encontros com a comunidade católica, composta por 590 mil pessoas, cerca de 1,5% da população iraquiana, além de cristãos de outras Igrejas e confissões religiosas, líderes políticos e o grande aiatola Ali Sistani, a maior autoridade xiita do país.

O último compromisso foi a celebração eucarística de domingo (7) no Estádio Franso Hariri, em Erbil, uma das cidades mais antigas do mundo, capital da região autónoma do Curdistão iraquiano e a quarta maior cidade do país, com cerca de 2 milhões de habitantes. Com capacidade para cerca de 28 mil pessoas, o estádio teve lotação limitada em 10 mil por causa da pandemia.