Se os apelidos soam a nomes muito familiares para os mais atentos à sétima arte, os traços físicos de Maya Thurman Hawke vêm confirmar a sua herança genética. Considerada uma das estrelas em ascensão em Hollywood, a jovem, de 24 anos, é filha de duas grandes celebridades do cinema: Uma Thurman e Ethan Hawke, e dos pais não herdou somente a beleza, mas também o brilho e o talento para as artes.
Assim se tem provado desde 2017, quando se estreou como atriz na minissérie da BBC “Mulherzinhas”, na qual interpretou a protagonista do romance de Louisa May Alcott, Jo March. Paralelamente, também dava os primeiros passos enquanto modelo, tendo fotogrado para a revista Vogue e participado numa campanha da Calvin Klein. Porém, o boom para o estrelato dá-se dois anos depois, quando integra o elenco da série sensação da Netflix, “Stranger Things”, com a popular personagem lésbica Robin.
Maya surge na terceira temporada da produção e ganha o carinho do público, curiosamente admitindo, depois, que esta era uma série que não acompanhava enquanto espetadora. “Estava ocupada a tentar entrar em faculdades. Conhecia-a por ser o programa que a minha mãe e o meu irmão viam”, contou numa entrevista à Vanity Fair, aproveitando, no entanto, para elogiar o trabalho dos criadores da série, Matt Duffer e Ross Duffer: “Têm um estilo tão específico: otimismo, verdade e alegria.” Porém, o percurso da atriz não se esgota na fama alcançada na pele de Robin.
No mesmo ano, teve uma participação no filme “Era uma vez em... Hollywood”, de Quentin Tarantino, realizador que trabalhou com a mãe de Maya nos emblemáticos filmes “Pulp Fiction” e “Kill Bill”, exatamente protagonizados por Uma Thurman. Caminhos que se cruzaram entre mãe e filha e que acabaram mesmo por se unir, já que ambas contracenam pela primeira vez no filme “The Kill Room”, um
thriller de Nicol Paone ainda por estrear.
Também para breve deverá estar a estreia do seu primeiro trabalho ao lado do pai, Ethan Hawke, desta feita enquanto atriz e realizador, no filme “Wildcat”, sobre a vida da escritora Flannery O’Connor. Nascida a 8 de julho de 1998, em Nova Iorque, Maya ter-se-á habituado desde cedo a conviver com as artes e a fama dos pais, que estiveram juntos até 2003 e que, em comum, tiveram ainda outro filho, Levon. Ao decidir enveredar pela carreira artística, a jovem promessa sabia que iria lidar com o peso dos seus apelidos. Algo que parece não a desfocar do seu principal objetivo. “Sinto que a única maneira de lidar com a questão do nepotismo” – que definitivamente lhe dá grandes vantagens nesta vida – “é que terás oportunidades de graça, mas as oportunidades não serão infinitas, então, tem que se continuar a trabalhar e a fazer um bom trabalho. Se fizer um mau trabalho, as oportunidades vão acabar. Esse é o meu espírito”, afirmou em entrevista à Rolling Stone, onde também explicou como é que lida com as críticas de haters que a acusam de nepotismo: “Não interajo muito nem com os haters nem com quem me elogia. Adoro um conselho que recebi, que é: se você ler as críticas boas, elas são parcialmente verdadeiras, e se ler as coisas más que as pessoas dizem, elas também são parcialmente verdadeiras. Você não é um presente de Deus para a humanidade nem um ratinho de lixo sujo. Não é nenhum dos dois.”
A par com o seu trajeto na representação, Maya Hawke trilha caminho também na música, tendo já lançado dois álbuns, “Blush”, em 2020, e “Moss”, no ano passado. “A representação esteve sempre muito ligada à minha família, o que tinha os seus prós e contras. A música sempre pareceu mais… minha. Comecei a tocar guitarra e a cantar quando era pequena, como se fosse um método para comunicar”, lembrou à revista Wonderland Magazine, sobre as suas paixões artísticas.
Discreta quanto à sua vida pessoal, foi noticiado no ano passado o seu namoro com o músico Spencer Barnett.
