Felicity Huffman foi condenada a 14 dias de prisão pelo envolvimento num esquema de corrupção de entrada universitária.
A atriz terá de se apresentar numa prisão no dia 25 de outubro e após os 14 dias, ficará um ano em liberdade condicional. Foi ainda multada em 30 mil dólares e terá de cumprir 250 horas de serviço comunitário.
A juíza Indira Talwani quis usar a atriz como um exemplo evidenciando quando leu a sentença que “tentar ser uma boa mãe não desculpa” o crime que cometeu. “No final do dia, tive uma escolha a fazer. Podia ter dito não“, frisou.
Já antes o procurador Eric Rosen, que pediu um mês de prisão para a atriz por considerar que há “uma mensagem que deve ser enviada”. "Com todo o respeito, seja bem-vindo à paternidade. A maioria dos pais tem a integridade moral para não ultrapassar os limites. Você não”, disse Rosen.
Felicity Huffman declarou-se culpada no escândalo da compra de vagas em universidades nos EUA.
No seu depoimento, a atriz alegou que agiu por “razões médicas legítimas” porque a filha tinha "dificuldades de aprendizagem”, sendo acompanhada por um neuropsicólogo.
A atriz frisou ainda que Sofia não tinha qualquer conhecimento da acção da mãe.
"Terei de viver com esta transgressão face a ela e ao público o resto da minha vida. O meu desejo de ajudar a minha filha não é desculpa para infringir a lei ou ser desonesta. Aceito plenamente a minha culpa, sinto um profundo pesar e vergonha sobre o que fiz, aceito a plena responsabilidade pelas minhas ações e aceito as consequências que derivam dessas ações", disse em tribunal.
"Tenho vergonha da dor que eu causei à minha filha, à minha família, aos meus amigos, aos meus colegas e à comunidade educativa. Quero pedir desculpas a todos eles e, especialmente, quero pedir desculpas aos estudantes que trabalham duramente todos os dias para chegar na faculdade, e para os pais que fazem enormes sacrifícios para apoiar os seus filhos de forma honesta”, acrescentou.