Paula Neves não esconde que a nova realidade trazida pela pandemia e o confinamento lhe trouxeram – e trazem ainda – muito medo e inquietude. É com grande honestidade que confessa à Lux “altos níveis de ansiedade” e a dificuldade em gerir toda a incerteza, assumindo que mesmo as rotinas de ginástica e cozinhar, que se esforça por manter, se tornam muitas vezes um sacrifício tremendo.

Se, no ano passado, o excesso de exposição às notícias a consumiu desesperadamente; neste segundo confinamento, o facto de estar a trabalhar minorou a sua angústia. Nem de propósito, trouxe-lhe “a estrepitosa, cusca e divertida” Célinha. Encarnar essa personagem tem sido, de certa forma, terapêutico, ajudando-a libertar-se do peso da realidade e fazendo-a buscar toda essa boa disposição e alegria que deliciam o público na novela “Bem me Quer”.

É assim que, até a falar de Célinha, Paula Neves se transforma, partilhando o melhor de si, transbordando de energia e entusiasmo, “aqui e agora”.

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