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Nacional
Redação Lux em 24 de Abril de 2012 às 22:58
Miguel Portas: «Deixa um buraco muito difícil de preencher» segundo Fernando Rosas
Redação Lux em 24 de Abril de 2012 às 22:58
O ex-deputado do Bloco de Esquerda Fernando Rosas disse hoje que a morte de Miguel Portas deixa «uma ausência, um buraco muito difícil de preencher».

Fernando Rosas reagia à agência Lusa à morte do eurodeputado Miguel Portas, de 53 anos, hoje num hospital de Antuérpia, vítima de doença prolongada.

«Não podemos deixar de o recordar senão dessa maneira, como um pensador e um homem de ação que deixa-nos a sua obra, deixa-nos o seu exemplo, mas deixa-nos a sua ausência, deixa-nos um buraco para todos nós muito difícil de preencher», enfatizou.

O historiador considerou ainda que apesar de Miguel Portas se encontrar gravemente doente, a sua morte não deixa de surpreender.

«Porque ele encarava a morte como uma luta que podia vencer; encarou a morte como encarou sempre a vida, como um combatente e portanto, apesar de tudo, surpreendeu-nos ele não ter conseguido ganhar esta batalha porque não estamos ainda preparados cientificamente para ganhar», disse.

«Morreu como viveu: a combater», frisou.

O historiador lembrou ainda o passado de militante antifascista de Miguel Portas, o de jovem militante comunista de onde depois saiu em prol da renovação da esquerda assim como de fundador do Bloco de Esquerda.

Lembrou ainda que o ex-jornalista foi «o primeiro rosto eleitoral do Bloco», quando concorreu a umas eleições europeias que perdeu e que depois veio a vencer, resultado de «combates» que travou «sempre com lucidez, com alegria, com energia, com aquela lúcida combatividade que sempre o encontrou».

Fernando Rosas considerou ainda Miguel Portas «um homem do mundo», mas «sobretudo do Mediterrâneo, do cruzamento de culturas, de políticas e de sonhos».

Acrescentou que, enquanto eurodeputado, «esteve ao lado da Primavera Árabe e do mundo magrebino, ao lado do povo palestiniano na luta pelos seus direitos, assim como a denunciar Guantánamo e a lutar pelos direitos sociais e políticos dos mais fracos».

«Esse foi sempre o seu lado da vida», concluiu.

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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