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Miúdos e Media (Parte II)
Crianças a ver televisão IOL Mãe
Redação em 8 de Setembro de 2009 às 16:40
Numa semana, uma criança ocupa cerca de 40 horas nos media, deixando para segunda linha os deveres escolares, o exercício físico ou simplesmente brincar e conversar com os pais ou com os irmãos, tendência que se agrava com a idade.

A inevitabilidade da utilização destas novas tecnologias é evidente e até certo ponto saudável e desejável. A sua existência veio tornar muitos aspectos da vida das nossas crianças mais atractivos ou mais fáceis.

As questões principais estão no «quanto» e no «como». É importante que a utilização de toda esta parafernália não provoque o isolamento da criança. Quando ela se isola a ver televisão, na Internet ou agarrada ao iPod, desaparecem as relações interpessoais e diminui a importância dos afectos. Brincar, no sentido mais clássico do termo, assim como conversar com os amigos, irmãos ou pais, deve estar sempre presente na vida da criança, e os pais devem retrair um pouco a maravilhosa tentação de utilizar estas «amas electrónicas» para cuidar e entreter os seus filhos.

Num mundo cada vez mais dominado pelo «eu» e pela satisfação imediata das necessidades de cada um, saber saborear a vida, com calma, tranquilidade e na companhia dos outros, deve ser a prioridade que os pais devem transmitir aos seus filhos.

Daí a necessidade de existirem regras, simples e claras, sobre a utilização dos diferentes media. E, como sempre, o exemplo deve vir de cima, isto é, dos pais. O lugar da televisão é na sala e nunca no quarto ou na zona de refeições. Da mesma forma que ter a televisão sempre ligada deveria ser considerado um crime ambiental. Para onde foi o prazer do silêncio?

O lugar do computador deve ser público e acessível a todos dentro de casa, e não no quarto da criança, onde a supervisão é nula, e a utilização de filtros para acesso a determinados sites é fundamental.

Em relação a todos estes media, os pais devem elaborar regras sobre os horários em que as crianças os podem utilizar, quantas horas por dia ou por semana podem despender na sua utilização e quais os conteúdos permitidos ou não permitidos, nomeadamente no que diz respeito a programas de televisão ou sites.

Estas regras devem ir sendo negociadas à medida que a criança cresce e devem ser adaptadas ao grau de desenvolvimento de cada uma.

Paulo Oom

Contacto:Clínica Gerações

Tel.: 21 358 39 10
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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