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Séries passadas em hospitais «deturpam a realidade»
Dr. House
Moda e Social em 9 de Outubro de 2007 às 11:20
O presidente da Sociedade Portuguesa de Educação Médica, Rui Santos, disse, em declarações à agência Lusa, que as séries televisivas sobre o quotidiano em hospitais, como as norte-americanas «Serviço de Urgência» ou «House», «deturpam a realidade» e criam falsas expectativas.

«Têm uma influência muito grande nas pessoas, criam determinadas expectativas. As pessoas vêm aqui à urgência [dos Hospitais da Universidade de Coimbra, HUC] e acham que devem ser tratadas como se fosse lá», disse o médico ao referir-se à série «Serviço de Urgência» («ER»), cuja acção se desenrola num hospital de Chicago, Estados Unidos.

O professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra falava à agência Lusa à margem do X Congresso Nacional de Educação Médica 2007, que termina hoje no auditório dos HUC.

Contudo, o médico dos HUC e presidente do congresso considera que estas e outras séries, como «Anatomia de Grey», têm o efeito positivo de «lançar a discussão».

«Mas a cultura americana é muito diferente da nossa», advertiu.

Para ilustrar a influência da ficção televisiva norte-americana cujo enredo se centra na vida hospitalar, o presidente da SPEM relatou o caso de uma funcionária de um estabelecimento comercial de Coimbra que lhe disse que iria dispor, em breve, de «batas novinhas, como as do Dr. House».

Sobre o médico Gregory House, que dá nome à série, Rui Santos considera que na actividade clínica da personagem representada pelo actor Hugh Laurie «os diagnósticos acontecem sem método, por acaso».
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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