Chama-se «In The Shadow of Rachida» o livro da autoria de Jamal Dati que critica a ex-ministra da justiça francesa, Rachida Dati.
Em algumas páginas do livro Jamal afirma que a irmã envergonhou os muçulmanos no momento em que decidiu ser mãe solteira.
Jamal descreve a irmã como uma mulher «fria, egocêntrica e autoritária» e como o pai «perdeu o orgulho quando a gravidez de Rachida foi tornada pública. Durante dois meses o meu pai recusou-se a ver a minha irmã».
Os excertos do livro, que vai ser publicado a 7 de Outubro, foram publicados pelo jornal «Daily Mail».
Rachida Dati foi eleita eurodeputada nas últimas eleições para o parlamento europeu. Tem 43 anos de idade, é solteira e foi uma das principais estrelas do executivo do primeiro-ministro francês François Fillon.
Nasceu numa família humilde de 11 irmãos. O pai é um ex-pedreiro marroquino e a mãe, de origem argelina, é doméstica.
Causou polémica quando surgiu grávida mas recusou identificar a identidade da criança. O facto gerou os mais diversos rumores e até o ex-primeiro ministro espanhol, José Maria Aznar, foi apontado como provável progenitor. O político viu-se obrigado a fazer um desmentido oficial.
Rachida enfrentou ainda a ira feminina depois de ter dado à luz Zohra (que em árabe significa estela) mas não usufruiu da licença de maternidade que a lei francesa prevê. Começou a trabalhar cinco dias após o parto. As mulheres francesas acusaram-na de colocar em causa direitos adquiridos.