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Internacional
Redação Lux em 11 de Fevereiro de 2013 às 19:06
Datas que marcaram o pontificado do Papa Bento XVI
Redação Lux em 11 de Fevereiro de 2013 às 19:06
O papa Bento XVI, que hoje anunciou a resignação para 28 de fevereiro, viveu quase oito anos conturbados de pontificado desde que foi eleito, em 19 de abril de 2005.

Cronologia do pontificado, marcado pelo reforço das relações entre religiões, mas também por vários escândalos de pedofilia, envolvendo elementos da igreja:

12 setembro 2006: Bento XVI irritou os muçulmanos de todo o mundo ao citar um imperador bizantino, ligando o Islão a violência, numa palestra na Universidade de Regensburg, Alemanha, onde anteriormente havia ensinado teologia.

A leitura provocou dias de protestos, por vezes violentos, em países muçulmanos, levando o pontífice a dizer que «lamentava profundamente» qualquer ofensa, e atribuindo o episódio a «um lamentável mal entendido».

30 novembro 2006: O papa encontra-se com muçulmanos durante uma visita à Turquia, assumindo uma atitude de oração muçulmana frente à Mesquita Azul de Istambul.

Maio 2007: Visita o Brasil, por ocasião da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe.

19 julho 2008: Bento XVI adota uma atitude de defesa das vítimas de abuso sexual por parte do clero, ao emitir um pedido de desculpas histórico, durante uma visita à Austrália, em que se encontrou com quatro vítimas.

Abril de 2008: O papa já se encontrara com vítimas de abuso sexual durante uma visita aos EUA.

24 janeiro 2009: Bento XVI levanta a excomunhão a bispos tradicionalistas radicais, incluindo Richard Williamson, que alegaram nunca terem existido câmaras de gás nazis e que os nazis mataram mais de 300.000 judeus - não seis milhões.

Críticas de grupos judeus, da chanceler alemã Angela Merkel e de forças do interior da Igreja Católica, levaram o Vaticano a exigir que Williamson, «inequivocamente e publicamente», mudasse os seus pontos de vista antes de poder ser completamente readmitido no seio da Igreja Católica.

17 março 2009: O pontífice disse que distribuir preservativos para combater a sida poderia ser um modo de "agravar o problema¿, no âmbito de uma visita a África, o continente mais atingido pela doença. Visita Camarões e Angola.

15 maio 2009: Conclui uma visita à Terra Santa, durante a qual visita Israel, a Jordânia e os territórios palestinianos, apelando para uma solução de dois estados, para pôr fim às guerras no Médio Oriente e ao «terrorismo», apelidando ainda o holocausto de «extermínio brutal».

Maio 2010: Visita Portugal no 10.º aniversário da beatificação de Jacinta e Francisco, pastorinhos de Fátima.

20 março 2010: Bento XVI emite uma carta pastoral aos católicos irlandeses, expressando «vergonha» e «remorso» pela pedofilia de padres na Igreja Irlandesa, após um relatório governamental explosivo revelar sistemáticos abusos pela hierarquia.

À crise na Irlanda, que estalou em novembro de 2009, segue-se uma avalancha de escândalos similares na Europa e nos Estados Unidos da América.

1 maio 2011: Bento XVI reconhece o estatuto de «beato» ao seu antecessor, João Paulo II, em frente a um milhão de pessoas, numa cerimónia que colocou o último papa a um passo da santidade.

18 maio 2011: Apela aos católicos do mundo para rezarem para que os bispos chineses recusem separar-se de Roma, na sequência de «pressões» das autoridades comunistas.

15 setembro 2012: Durante uma visita ao Líbano, o papa insta cristãos e muçulmanos a criarem uma sociedade harmoniosa e pluralista, em que a dignidade de cada pessoa seja respeitada e o direito de viver a religião em paz seja garantido.

22 dezembro 2012: Bento XVI perdoa e liberta o seu ex-modormo, mas expulsa-o do Vaticano, 12 meses depois de Paolo Gabriele revelar segredos papais e documentos, revelando uma série de alegados escândalos com fraudes no Vaticano. O escândalo ficou conhecido como «Vatileaks».

LUSA
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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