A polícia de São Paulo continua em busca das integrantes do grupo criminoso conhecido como «gangue das louras».
O bando, constituído por seis mulheres todas louras (exceto uma) e ainda um homem, cabecilha do grupo (Wagner Oliveira Gonçalves) casado com uma das louras (Carina Geremias Vendramini), é responsável por mais de ciquenta raptos-relâmpago na zona de São Paulo. Três - incluindo o casal cabecilha - já se encontram detidas. Três louras continuam a monte.
As louras, que antes de se dedicarem ao crime exerciam profissões normais e são descritas como mulheres de «bom aspeto» com alguma cultura e conhecimento de línguas, operavam de chapéu, óculos escuros e roupa de marca o que as tornava muito idênticas entre si e dificultava o reconhecimento.
Segundo a polícia, o bando atacava mulheres sozinhas e com um perfil parecido, vital para não levantar suspeitas quando depois usavam os cartões de crédito das vítimas. As louras atacavam - sobretudo - louras.
As criminosas abordavam mulheres nos seus automóveis, normalmente em parques de estacionamento de grandes áreas comerciais, supermercados e lojas de conveniência e raptavam-nas. Sob ameaça, apoderavam-se dos cartões de crédito das vítimas e só as soltavam depois de lhes esvaziar os cartões.
As mais de cinquenta vítimas referiram que Wagner e a mulher se tratavam por «Bonnie and Clyde» em alusão ao famoso casal de assaltantes de banco e assassinos norte-americano.