O grande rabino de França renunciou, esta quinta-feira, com efeito imediato, após um escândalo que fragiliza o Consistório, a instituição oficial judaica no país. Gilles Bernheim admitiu ter plagiado vários autores e mentido sobre um título como professor universitário de Filosofia.
O grande rabino, que tinha dito na terça-feira que não abdicaria, acabou por ceder após o conselho do Consistório central, formado por 30 membros, ter sido convocado. Gilles Bernheim fez o anúncio durante a reunião extraordinária do conselho do Consistório, indicou o vice-presidente do Consistório de Paris, Elie Korchia.
«Ele admitiu os seus erros, pediu perdão e deu explicações. Como grande rabino que é, aceitou ser afastado de funções», declarou à AFP Sammy Ghoslan, vice-presidente do Consistório.
«Esta é uma solução que traz mais serenidade. Estávamos todos de acordo», afirmou o mesmo responsável. Sammy Ghoslan acrescentou que todas as prerrogativas de Gilles Bernheim «serão asseguradas por um interino que vai ser nomeado esta semana pelo presidente do Consistório».
«Foi a decisão correta. Todos concordaram com esta solução, que protege o homem em primeiro lugar e, em seguida, protege a função e o Consistório», disse também Gahnassia Jacques-Hubert, presidente da uma sinagoga em Paris.
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