Chama-se Joshua Wong, tem 17 anos e é o líder de um dos movimentos políticos mais importantes em Hong Kong desde o massacre de 1989: a «Revolução dos Guarda-chuvas», apelidada como tal por conta do modo como os manifestantes se protegem contra os sprays de pimenta da polícia.
O jovem, que é já apelidado de «extremista» pelo governo da China, participou nos protestos estudantis que invadiram as ruas na última semana e está empenhado em lutar pela democracia, exigindo autonomia nas eleições do próximo chefe do Executivo local, que devem acontecer em 2017.
No entanto, Wong já conseguiu despertar a ira do partido comunista chinês e chegou a ser preso com outros colegas na semana passada, teve a sua casa revistada e objetos pessoais apreendidos.
Já em 2012, com apenas 15 anos, o jovem liderou uma manifestação com mais de 120 mil pessoas, que lutavam contra um programa educacional que ensinaria aos alunos da rede pública chinesa sobre as maravilhas do regime comunista em vigor no país. Depois de protestos, greves de fome e até a invasão de um prédio, Hong Kong voltou atrás e cancelou a implementação do protesto.