«Little Baby Face Foundation», um ONG nova-iorquina, pagou uma plástica polémica a uma jovem vítima de bullying na escola.

Nadia Ilse, de 14 anos, era apelidada de «Dumbo» desde os 7 anos. Por isso mesmo, a menina chorava sempre que tinha de ir para a escola e chegou a pensar em suicídio.

«Muita vezes inventava desculpas para faltar às aulas», afirmou Nadia em entrevista à imprensa americana.

No entanto, para não afetar a mãe - que tinha sido despedida e tinha de tratar do irmão, Joshua, de 9 anos, com paralisia cerebral - a jovem não contou à família.

Quando descobriu, Lynda ficou chocada e decidiu procurar ajuda, recorrendo à ONG que faz cirurgias gratuitas a crianças que possuem deformações faciais.

Thomas Romo III, presidente da ONG, operou Nadia em junho, porque esta tinha «deformações faciais graves».

«Quando a Nadia chegou aqui, ela tinha tinha deformações faciais graves, como orelhas de abano, além de desnivelamentos no queixo e no nariz. Operei-a não porque ela sofria bullying, mas porque presentava deformações», afirmou, acrescentando que só soube do bullying pela mãe da jovem mas que este foi remetido para «segundo plano, porque a Nadia tinha problemas que necessitavam de procedimento cirúrgico».

O caso foi apresentado pela CNN e o médico acabou por ser criticado por ter feito a cirurgia. A reportagem abriu ainda o debate sobre a melhor resposta a casos de bullying, sendo que vários especialistas defendem que a operação não deveria ter sido feita e que a jovem devia ter aprendido a lidar com as provocações.

Segundo o médico, após a operação, Nadia «está muito confiante com a sua imagem» e voltou a apanhar o cabelo, algo que não fazia há muito tempo.