Os «instintos primitivos» de Oscar Pistorius entraram em ação quando ele matou a namorada, Reeva Steenkamp, por ele estar vulnerável e temeroso, disse o advogado de defesa no julgamento do atleta na sexta-feira (8).
Pistorius, de 27 anos, outrora um herói nacional por alcançar vitórias como atleta amputado das duas pernas, é acusado de ter matado a namorada, a modelo Reeva Steenkamp, na sua casa de Pretória em 14 de fevereiro do ano passado.
A juíza do caso, Thokozile Masipa, marcou a leitura do veredicto para 11 de setembro.
A defesa, que pede a absolvição, diz que Pistorius matou Steenkamp por acidente, atirando contra ela através da porta da casa de banho depois de a confundir com um invasor.
O promotor público, Gerrie Nel, tem descrito Pistorius como um homem de pavio curto e obcecado por armas que matou Steenkamp, de 29 anos, com quatro tiros após uma discussão acalorada.
Já o advogado de defesa, Barry Roux, disse nos seus argumentos finais haver provas psicológicas de que o atleta teve uma reação agressiva intensa por causa da sua deficiência.
«Você está diante da porta, vulnerável, ansioso. Como atleta, está treinado para reagir. Levem todos estes fatores em conta», afirmou Roux, acrescentando que Pistorius se sentiu exposto por estar sem as próteses.
«Em algumas situação a pessoa dispara por reflexo», argumentou Roux. «É seu instinto primitivo».
Se for considerado culpado de assassinato premeditado, o atleta pode ser condenado a prisão perpétua.