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Internacional
Redação Lux em 12 de Fevereiro de 2013 às 09:42
Bento XVI decidiu renunciar depois da viagem ao México e a Cuba
Bento XVI tomou a decisão de renunciar ao papado há muito tempo, depois da viagem que fez ao México e a Cuba, disse hoje o diretor do diário do Vaticano, L¿Osservatore Romano, Gian Maria Vian.

«A decisão do pontífice foi tomada há muitos meses, depois da viagem ao México e a Cuba», em março de 2012, afirmou Vian, num artigo publicado no vespertino da Santa Sé, em que assinalou que a decisão foi tomada «por causa da avançada idade».

Nesta linha, também o cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, assegurou na televisão pública italiana RAI que Bento XVI renunciou «apenas porque notou que lhe faltam forças, que não a capacidade intelectual, que continua extraordinariamente lúcida e fecunda».

O número dois da Santa Sé assinalou que a decisão «foi inesperada, impressionante e comovente».

Bertone acrescentou que o papa, eleito para o cargo em 19 de abril de 2005, vai agora retirar-se para um convento, para rezar e refletir.

O primeiro-ministro da Santa Sé acrescentou que já tinha visto o papa depois do anúncio da renúncia e que este lhe parecera «muito sereno».

O salesiano Bertone destacou também que Bento XVI é uma «pessoa excecional, que deixa uma grande herança».

Bertone destacou ainda do papa «a sua inteligência, capacidade de diálogo e escuta e a doçura no trato», bem como a confiança que sempre mostrou, inclusive em momentos difíceis.

Vian, por sua parte, sublinhou que Bento XVI explicou «com clareza» que as suas forças «não são as mais próprias para exercer de forma adequada as obrigações exigidas a quem é eleito para governar a Barca de Pedro [Igreja] e anunciar o Evangelho».

O papa Bento XVI, 85 anos, anunciou na segunda-feira, durante um consistório no Vaticano, a sua resignação a partir dia 28 de fevereiro devido «à idade avançada».

Um novo papa será escolhido até à Páscoa, a 31 de março, disse o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, anunciando que um conclave deve ser organizado entre 15 e 20 dias após a resignação do pontífice.

O último chefe da Igreja Católica a renunciar foi Gregório XII, no século XV (1406-1415).

LUSA
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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