Will Reeve esteve presente na gala anual da fundação Christopher and Dana Reeve, esta segunda-feira, e abriu o livro de memórias perante um vasto público.

Entre outras coisas Will Reeve reconheceu que em criança não percebia porque é que o público via os seus pais como uma fonte de inspiração. Hoje, do alto dos seus 17 anos, acha importante trabalhar bastante para levar avante todas as mensagens que recebeu dos progenitores:

«Para mim, os meus pais, eram as pessoas que me obrigavam a comer brócolos e a desligar a televisão para fazer os trabalhos de casa. Nunca tive consciência da importância da sua educação mas o trabalho deles transformaram-me no homem que sou.»

Will tinha apenas dois anos quando o pai ficou paralisado numa cadeira de rodas, após a queda violenta de um cavalo. O filho do actor, que interpretou o mítico Super-Homem, recorda que o pai nunca aceitou a paralisia e lutou até ao fim para tentar inverter o seu estado:

«Algumas das minhas memórias levam-me até às tardes em que eu praticava desporto sob o olhar curioso dos meus pais que esboçavam, em conjunto, um sorriso maior que o Texas, com as mãos da minha mãe sobre os ombros do meu pai. Se estou a partilhar algumas das minhas histórias pessoais é apenas para lhes demonstrar que uma família consegue lidar com a paralisia. É importante que os familiares percebam o papel importante que desempenham na vida de um paraplégico ou tetraplégico. Devem torná-la o mais normal possível».

Além de Will, Christopher and Dana Reeve deixaram mais dois filhos: Matthew Reeve, de 29 anos e Alexandra Reeve Givens, de 25.

Os três irmãos continuam o trabalho na Fundação criada pelos pais que procura, entre outras coisas, uma cura para a paralesia, um problema que atinge cerca de 1.25 milhões de americanos.