Aos 73 anos, José Cid acedeu ao desafio do jornalista Miguel Gonçalves e recordou a sua vida para a biografia “O Lado B de um Provocador”. Um livro no qual o conhecido cantor expõe o passado de toxicodependência da filha e assume que, atualmente, não mantém qualquer tipo de relação com Ana Sofia. 

“É uma relação complicada. Entrenós há um grande choque de gerações. Tenho um extraordinário relacionamento com o meu neto, que percebeu que eu sou pai dele duas vezes. Sou eu e algumas avós que o protegemos. E o relacionamento dele com a mãe também é cerimonioso”, explicou durante a apresentação do livro na Livraria Leya na Buchholz, em Lisboa.

O músico não fecha portas a uma eventual reconciliação com a filha, mas garante que não vai abdicar da sua felicidade. “Eu tenho de estar feliz até ao fim da minha vida, tenho direito a isso. Estou na reta final da minha vida e não vou ter mais chatices, porque não vou deixar. Se ela precisar da minha ajuda médica e clínica, com certeza que ajudo, mas aturar não aturo ninguém. Nem o Papa nem a rainha de Inglaterra nem a minha filha! Enchi. E se calhar ela também encheu de mim”, justifica-se. 

No mesmo livro, José Cid revela que em 2012, quando reencontrou a antiga namorada e atual mulher, Gabriela Carrascalão, ela lhe confessou que nos anos 80 esteve grávida do cantor. O bebé, um menino, nasceu prematuro, com apenas 6 meses, e acabou por morrer na incubadora do hospital. “Fiquei muito surpreendido quando ela me contou.  A vida é uma passagem. A criança morreu com seis meses e ela teve o bom senso de a batizar com o nome José Cid Carrascalão, e é um anjinho que vela por nós”, conta.