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Nacional
Redação Lux  com AM em 28 de Novembro de 2011 às 15:43
Eunice Muñoz condecorada por Cavaco Silva
Redação Lux  com AM em 28 de Novembro de 2011 às 15:43
Eunice Muñoz foi condecorada por Cavaco Silva, esta segunda-feira, com a Grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique, assinalando assim os 70 anos de carreira da atriz.

O Presidente da República definiu a homenageada como «talvez a atriz portuguesa mais completa» e referiu que a distinção, além de um ¿reconhecimento do Estado pelo contributo para a cultura e teatro portugueses», é «um estímulo para que continue a compor personagens únicas e inesquecíveis».

Para Cavaco Silva, a primeira peça em que Eunice Muñoz se estreou, em 1941, «Vendaval», foi «inspiradora», «porque a vida [da atriz] tem sido um vendaval de talento e emoções».

Ao ser condecorada, Eunice Muñoz afirmou que é «natural» que o Teatro se ressinta numa situação de crise, por não ser um artigo de primeira necessidade, mas já houve épocas «muito piores» e a arte de palco sobreviveu.

«Não são muito felizes mas tenhamos esperança. Eu sou uma mulher de esperança, não sou derrotista», afirmou quando questionada sobre o momento que o teatro português atravessa, com o anúncio de cortes de apoios da Direcção-Geral das Artes e um eventual aumento do IVA dos bilhetes.

A atriz, que comemora 70 anos de carreira, lembrou que «já houve épocas muito piores para o teatro, mas conseguiu-se sobreviver e é o que vai acontecer».

«É um momento em que todos devemos estar unidos e ter só um pensamento: tentar dar o melhor de nós próprios naquilo que fazemos», afirmou, salientando que, em Portugal, há «bom teatro, grande atores, grandes encenadores, um teatro tão bom como se faz lá fora».

Eunice Muñoz defende que é preciso começar a dizê-lo «dez vezes por dia», para que as pessoas se convençam «de que é verdade, porque é verdade».

«Não vamos ser derrotistas, vamos ter esperança», disse.

Para a atriz, «é muito natural que o teatro se ressinta» na situação que o país vive, já que «não é um artigo de primeira necessidade».

«É natural porque os meios escasseiam e tem que se cuidar de outras coisas mais prementes do que ir a um espetáculo, mas mesmo assim temos a grande alegria de chegar ao D.Maria II e ver o teatro cheio», sustentou.

Na cerimónia de entrega da Grã-Cruz da Ordem do Infante, que decorreu no Palácio de Belém, estiveram ao lado da atriz, além das filhas, filho e netas, a ex-ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite, o encenador Celso Cleto e as atrizes Maria José Paschoal e Isabel Abreu.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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