Centenas de pessoas encheram no sábado à noite a Basílica da Estrela, em Lisboa, para assistir ao concerto de homenagem ao músico Bernardo Sassetti, que morreu na quinta-feira, aos 41 anos.

Pouco antes das 22:00, a hora marcada para o início da cerimónia, acumulavam-se pessoas de pé nos corredores laterais e central da Basílica, de onde foram, entretanto, mandadas sair, para não atrapalhar a entrada da urna, que aconteceu após as primeiras notas tocadas pelo pianista Pedro Burmester, amigo de Sassetti.

Outro amigo lhe sucedeu ao piano, Mário Laginha, e, ao longo de quase uma hora, também um coro e uma orquestra interpretaram várias peças em homenagem ao pianista e compositor que terá caído na quinta-feira à tarde de uma falésia enquanto fotografava, numa praia do Guincho, em Cascais.

Foi pedido aos presentes que guardassem os aplausos para o final da cerimónia e, por isso, no intervalo das peças musicais, houve silêncio.

Só no final, as pessoas se ergueram, comovidas, e aplaudiram longamente, durante mais de cinco minutos, e logo depois novamente, quando a urna foi outra vez levantada em ombros e transportada para fora da Basílica, onde as palmas prosseguiram ainda.

Entre os familiares, amigos e muitos fãs de Bernardo Sassetti, contavam-se alguns políticos ¿ o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, o dirigente do Bloco de Esquerda Francisco Louçã, o ex-ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho e o ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes.

Também marcaram presença na igreja músicos, como o compositor Luís Tinoco e a cantora Mayra Andrade, atores como Nuno Lopes, Tiago Rodrigues, João Grosso, Virgílio Castelo e Fernanda Lapa, os encenadores Miguel Seabra e António Pires, o escritor Gonçalo M. Tavares, o coreógrafo Jorge Salavisa, o cineasta João Botelho e a diretora da Cinemateca Portuguesa, Maria João Seixas.

O corpo de Bernardo Sassetti será sepultado hoje em cerimónia privada.

Lusa