O guarda-redes Ricardo Pereira afirmou hoje que a morte de Eusébio é «uma perda para toda a nação», referindo que vai guardar na memória vários momentos que viveu com o «Pantera Negra».

«Recebi a notícia de uma maneira triste e as palavras são poucas para descrever tudo o que passámos e a experiência que eu, particularmente, tive com ele durante alguns anos. É uma perda para uma nação, não só para o futebol», disse o internacional português em declarações à agência Lusa.

Uma das imagens mais fortes do Euro2004, que decorreu em Portugal, é a de Ricardo Pereira abraçado a Eusébio após a vitória frente à Inglaterra no desempate por grandes penalidades, nos quartos de final.

«Tenho muitas imagens com Eusébio gravadas na minha memória. A do Euro2004 é a mais visível para as pessoas, mas tivemos grandes momentos com ele, alguns deles até maiores que esse mas longe das câmaras, em que aprendemos tudo o que tinha para nos ensinar», salientou.

Ricardo Pereira referiu que a dor de toda a sua família é partilhada pela nação, afirmando que é uma «perda irreparável».

«Todas as palavras que possamos dizer são poucas equiparadas com a grandeza de uma figura que o país perdeu fisicamente, pois a sua obra e o seu legado jamais morrerá», concluiu.

Eusébio da Silva Ferreira morreu hoje às 04:30 vítima de paragem cardiorrespiratória.

O «Pantera Negra» ganhou a Bola de Ouro em 1965 e conquistou duas Botas de Ouro (1967/68 e 1972/73). No Mundial Inglaterra de 1966 foi considerado o melhor jogador da competição, na qual foi o melhor marcador, com nove golos.

Na mesma competição, Portugal terminou no terceiro lugar.

Eusébio nasceu a 25 de janeiro de 1942 em Lourenço Marques (atual Maputo), em Moçambique.

Lusa