Três dias depois da detenção do marido, Cláudia Jacques cumpriu as suas obrigações profissionais e esteve presente num evento das Águas Luso, no Buçaco.
Sorridente, a relações públicas procurou afastar-se da polémica à volta da acusação de burla que paira sobre Olivier da Silva, e limitou-se a enviar um comunicado a dizer que não alimentará “especulações que visam apenas desinformar”: “Aguardo serenamente o desenrolar da justiça e o apuramento da verdade. Até lá, mantenho-me centrada na minha família e no cumprimento das minhas responsabilidades profissionais”, precisou, sem explicar se está ao lado do marido nesta fase.
Os dois casaram-se no verão passado, nas Maurícias, numa cerimónia cuja validade ainda não foi reconhecida em Portugal, pelo que, para as autoridades nacionais, não se podem considerar casados. Nada que influenciasse a relação dos dois, que tem sido partilhada
com o público como um amor muito intenso.
O casamento foi uma surpresa para os amigos de Cláudia, que a terão alertado para suspeitas relativamente aos comportamentos do atual companheiro. Esses amigos não ficaram espantados com a sua detenção, dizem à Lux, pedindo o anonimato. Olivier da Silva está impedido de se ausentar da sua residência, desde que foi presente a interrogatório no Tribunal da Relação do Porto, a pedido das autoridades francesas, que emitiram um mandado de detenção e um pedido de extradição, ainda em análise pelo advogado de defesa do gestor. Em causa está um negócio imobiliário entre um cidadão francês e um vendedor português de um imóvel na zona do Porto. O cliente francês diz ter pago um sinal que não lhe foi devolvido, apesar de o negócio não ter sido concretizado. Aníbal Pinto, advogado de Olivier da Silva, atribuiu responsabilidades à imobiliária e ao vendedor da casa, que já terão sido processados pelo luso-descendente, que em 2013 já fora condenado a quatro anos e seis meses de pena suspensa por crimes de falsificação e burla, na forma tentada, por ter usado um cheque visado falsificado para adquirir um automóvel.
Filho de emigrantes, Olivier da Silva Figueiredo Parente viveu muitos anos nos subúrbios de Paris, e mudou-se definitivamente para Portugal em 2007. Manteve, porém, a atividade da empresa que fundou, Bettencourt, da Silva, N. & Associés. Através dela, faz consultadoria de investimentos em Portugal, direcionados ao público francês. Descreve ainda que ajuda na obtenção de vistos dourados para residentes não-europeus.
Esta empresa indica no site ter três consultores, mas todos apresentam o mesmo número de telemóvel, que tem um atendedor de voice mail personalizado pelo próprio Olivier da Silva.