O ator britânico Hugh Laurie poderá provar, na terça-feira, em Lisboa, que é mais do que o protagonista da série televisiva «Dr. House», quando atuar com a Copper Bottom Band no Coliseu dos Recreios.
Esta será a estreia de Hugh Laurie em Portugal enquanto músico, acompanhado de um sexteto, para interpretar as canções de «Let Them Talk», álbum de estreia, editado no ano passado.
O disco foi gravado entre Los Angeles e Nova Orleães, e é uma celebração dos blues, com Hugh Laurie a interpretar ao piano "standards" de Lead Belly, Robert Johnson, Ray Charles ou Memphis Slim.
Hugh Laurie tem andado em digressão há vários meses, tendo passado pela Argentina, Rússia, Estados Unidos e vários países da Europa.
De acordo com a promotora, o concerto em Lisboa não está esgotado, mas já quase só estão disponíveis os bilhetes mais baratos.
Os bilhetes variam entre os 30 euros, galerias de pé, e os 75 euros, para cadeiras na área de orquestra.
Hugh Laurie é conhecido sobretudo como ator de teatro, cinema e, em particular, de televisão, pela participação na série norte-americana «Dr. House».
Nessa série interpretou, entre 2004 e 2012, o papel de um médico - Gregory House, com um ligeiro coxear, sempre amparado por um bengala - conhecido por métodos de diagnóstico pouco ortodoxos.
Hugh Laurie teve aulas de piano em criança que não lhe deixaram grande memória e só mais tarde, quando ouviu na rádio a canção «I Can¿t Quit You Baby», de Willie Dixon, é que a música se revelou, levando-o ao «país das maravilhas», como conta na página oficial na Internet.
A partir daí foi descobrindo músicos dos blues ou influenciados por eles, como os guitarristas Charley Patton e Lead Belly, os pianistas Pete Johnson, Albert Ammons e Otis Spann, e os cantores Ray Charles e Bessie Smith.
Quanto ao resto, diz que não tem resposta para explicar porque é que os artistas quebram a suposta regra de se dedicarem a uma só arte, como os atores que são músicos.
Hugh Laurie, 52 anos, além de ator e músico, é ainda autor do romance «O Traficante de Armas« que está publicado em Portugal.
Lusa