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Nacional
Inédito de Antonio Tabucchi, «Para Isabel», é publicado na terça-feira
António Tabucchi
Redação Lux em 22 de Março de 2014 às 10:09
Uma obra inédita de Antonio Tabucchi, falecido em Lisboa, março de 2012, intitulada «Para Isabel», é editada na próxima terça-feira (25), anunciou as Publicações D. Quixote.

«À primeira vista poderia parecer um romance fantástico, mas talvez fuja a todas as definições possíveis. Tabucchi deu-lhe um subtítulo: «um mandala», mas na realidade, segundo critérios ocidentais, trata-se afinal de uma investigação, uma busca que parece conduzida por um Philip Marlowe metafísico», afirma em comunicado enviada à Lusa a editora.

Na sua «Justificação em forma de nota» inserida na obra, o escritor italiano «sugere que pensemos num monge vestido de vermelho, em Hölderlin e numa canção napolitana».

Para a editora este é um «dos mais extravagantes, visionários e ao mesmo tempo envolventes romances que a literatura italiana alguma vez nos deu».

«O leitor português ¿ adiantam as Publicações D. Quixote -, reconhece neste livro uma geografia familiar, Lisboa, Barcelos, Cascais e a Arrábida, mas a ação desloca-se também para o Extremo Oriente, Macau, para a Suíça e para a Itália. E esses mesmos lugares surgem-nos então, através do olhar de Antonio Tabucchi, surpreendentemente transfigurados».

Sobre Antonio Tabucchi, falecido no dia 25 de março em Lisboa, o escritor Vasco Graça Moura, afirmou que é «um dos maiores ficcionistas contemporâneos».

Nascido em Pisa, na Itália, Tabucchi publicou 27 livros, entre romances, contos, ensaios e textos teatrais, estando as suas obras traduzidas em mais de 40 países.

O autor foi distinguido com vários prémios nacionais e internacionais. Sozinho, ou com Maria José de Lancastre, traduziu para italiano a obra de Fernando Pessoa. O autor italiano considerava que a sua pátria era também a Língua Portuguesa, e escreveu em português o romance «Requiem» (1991).

As suas obras «O Fio do Horizonte», «Nocturno Indiano», «Afirma Pereira» e «Requiem» foram adaptados ao cinema respetivamente por Fernando Lopes, Alain Corneau, Roberto Faenza e Alain Tanner.

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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