O presidente do Benfica, Luis Filipe Vieira, disse hoje em entrevista à RTP que Jorge Jesus é o treinador dos encarnados para a próxima época e que pode renovar o seu contrato se quiser.

«A única coisa que posso confirmar é que Jorge jesus é treinador do Benfica para a próxima época», respondeu quando questionado sobre a hipotética renovação do técnico, antes de garantir que este pode renovar se quiser.

De acordo com Luis Filipe Vieira, Jorge Jesus, que «recusou um grande clube europeu em prol do Benfica», justifica os quatro milhões de euros que ganha por época.

«Não pode avaliar se é caro se é barato. Ele tem justificado com o trabalho que tem feito», completou.

O presidente encarnado atribuiu a Jorge Jesus e aos seus jogadores a responsabilidade pela época de sucessos do Benfica, que só não pode festejar o quarto título, o da Liga Europa, porque não os deixaram ganhar.

«A nação portuguesa não deu o devido destaque ao que aconteceu ao Benfica. O Benfica não ganhou porque alguém tirou a taça ao Benfica. Houve erros grosseiros», considerou.

Vieira escusou-se a comentar as possíveis saídas do plantel atual, garantindo que o clube não quer por em causa o que está a fazer e, por isso, tem a vontade de manter uma equipa «muito competitiva».

«O Benfica tem de assumir todos os seus compromissos. Logicamente o dinheiro faz falta, mas não posso estar hoje a dizer se vão sair ou não. Hoje não posso dizer isso, nem ninguém», rematou.

As questões económicas não foram esquecidas pelo máximo responsável das águias, que negou que a equipa da Luz tenha o maior passivo em Portugal.

«Não é o maior passivo do futebol português. Informe-se bem. O que posso garantir é que as contas do Benfica são aquelas. Há um clube em Portugal que tem um passivo superior ao do Benfica», assegurou, não querendo referir a qual dos dois outros grandes, Sporting ou FC Porto, se estava a referir.

Para Vieira, o Benfica como grande empresa que é tem um passivo de grande empresa, especificamente de 400 milhões de euros, cerca de 300 milhões em instituições financeiras, porque tem de estar sempre a investir.

Lusa