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Nacional
Celebrações dos 40 anos do Teatro da Cornucópia com estreia de três filmes
Estreia de A Catatua Verde (Lux)
Redação Lux em 12 de Outubro de 2013 às 11:15
A estreia de três filmes marca hoje as celebrações dos 40 anos do Teatro da Cornucópia, no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa.

O calendário de iniciativas começa às 16:00, com um encontro com a realizadora francesa Christine Laurent, que trabalhou com a Cornucópia. Durante este encontro, no Teatro do Bairro Alto, sede da companhia, serão projetadas ¿algumas imagens informalmente filmadas, mas que marcam uma memória dos sete espetáculos dirigidos por Christine Laurent¿ na Companhia, lê-se num comunicado da Cornucópia.

Às 16:30, é apresentada a palestra ¿Dissecação de um Espetáculo¿, de Luís Santos, ¿complemento de uma tese de mestrado de um dos assistentes de Cristina Reis¿, responsável pela cenografia da Cornucópia.

Luís Santos fez a sua tese sobre a sua própria atividade profissional na Cornucópia como assistente de cenografia. ¿Com uma pequena câmara de vídeo regista as diferentes fases de elaboração de um espetáculo ¿Anatomia Tito¿, de Heiner Muller, sobretudo no que diz respeito à cenografia¿, adianta o mesmo comunicado.

Também hoje é exibido, em estreia, o filme ¿A Ilha¿, de Ricardo Aibéo, às 17:30, seguindo-se outra estreia do mesmo realizador, um documentário de ¿Miserere¿.

¿Por sua iniciativa Ricardo filmou este espetáculo apresentado no Teatro Nacional D. Maria II que o coproduziu¿, explica a Cornucópia.

Às 21:00, acontece outra estreia absoluta, a do filme ¿Fim de Citação¿, de Joaquim Pinto e Nuno Leonel, sobre espetáculo da companhia de Luís Miguel Cintra, que consistiu "num jogo cénico construído sobre citações de algumas das peças sobre o próprio teatro ou a relação da arte com a vida que ao longo dos anos¿.

No domingo, a partir das 16:00, sob o título ¿Tribuna Livre¿, serão feitas, até às 20:00, várias intervenções sobre ou a propósito do Teatro da Cornucópia.

A partir das 21:30, haverá ¿Intervenções musicais¿, estando prevista a presença do pianista João Paulo Santos e de alguns cantores do Teatro de S. Carlos, segundo a mesma nota.

O Teatro da Cornucópia assinala os 40 anos de existência a partir da estreia da peça "O Misantropo", de Molière, a 13 de outubro de 1973, no antigo Teatro Laura Alves, na Rua da Palma, em Lisboa, hoje transformado numa sapataria.

No início deste ano, em entrevista à agência Lusa, Luís Miguel Cintra disse que "foi importante a coerência de percurso" e a "seriedade com que a companhia sempre encarou o fazer teatro", ao longo destes 40 anos.

O encenador argumentou que o teatro que a companhia tem feito ¿está sempre contra a corrente¿, sem ¿perder algum sentido de intervenção política, de missão pública, que foi tendo significados diferentes ao longo do tempo, mas há sempre a ideia de fazer para o público e em função do público¿.

Cintra reconheceu que hoje ¿os tempos são diferentes¿, e nota ¿menor disponibilidade da geração mais nova em abdicar de si, para se dedicar ao teatro¿.

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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