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Nacional
Evelise Moutinho  com Fotos: Artur Lourenço em 4 de Julho de 2010 às 18:01
Arantxa fala com orgulho de Duda, com quem está há quase 11 anos e com quem tem três filhas
Duda - alcunha de Sérgio Paulo -, o defesa da Selecção das Quinas, nasceu no Porto, mas o futebol traçou-lhe o destino na vizinha Espanha. Em Cadiz, onde começou a jogar, conheceu Arantxa e foi amor à primeira vista. Juntos há quase 11 anos, são pais de três raparigas: Paula, de 8 anos, Maria, de quase 6, e Helena, de 1 ano. Muito ligado à família, desde que está na África do Sul, Duda mata saudades pelo telefone e pela Internet. As fi lhas todos os dias cantam e dançam para o pai e este, orgulhoso e babado, costuma chamar os colegas para assistirem à actuação das suas meninas.

Lux - Como é que os dois se conheceram?

Arantxa - Depois de Portugal ter vencido o Europeu Sub 18, o Duda foi comprado pelo Málaga e foi logo emprestado ao Cadiz, onde nasci e onde o meu irmão também jogava.

Lux -Foi amor à primeira vista?

A. - (risos) Sim, mas eu não percebia nada do que ele dizia. Ele andava atrás de mim e depois, não sei como, lá conseguiu o meu telemóvel. Ele chegou em Agosto, começámos a namorar em Outubro e estamos juntos até hoje, já lá vão quase 11 anos.

Lux -O que é que a encantou no Duda?

A. - O Duda é um homem muito simples, generoso, não quer nada para ele, mas sim para partilhar com os outros. Achei engraçado que, quando ele me conheceu, passado uns tempos, disse-me para abrirmos uma conta em conjunto... É uma coisa estranha nos dias de hoje. Tenho muitas amigas no mundo do futebol e em muitos casos as contas estão só no nome dos maridos, só eles é que têm poder para mexer... O Duda é uma pessoa tímida, mas depois de conhecer melhor alguém, é muito simpático, de sorriso fácil, meigo. É o melhor amigo, marido e pai do mundo.

Lux -E como é uma vida a dois com um futebolista?

A. - Toda a gente acha que a nossa vida é muito fácil, mas não é bem assim. A única diferença da minha vida anterior para esta é que, felizmente, agora entro numa loja e não olho para o preço na etiqueta. De resto, temos os mesmos amigos, os mesmos hábitos, uma vida normal.

Lux -Como é que têm gerido as saudades, nesta fase?

A. - Não tem sido fácil. Nos primeiros dias, a Paula vinha sempre a chorar da escola, até porque os meninos lhe diziam que o pai não ia voltar de África. Agora já está mais calma. Elas todos os dias ensaiam uma dança, maquilham-se e depois, na hora de falarem com o pai na Internet, cantam e dançam para ele. Ele é um pai muito babado e, às vezes, até tem lá companheiros da Selecção a ver com ele, como, por exemplo, o Pepe, o Cristiano...

Lux -Como define as suas filhas?

A. - (risos) É fácil, a Paula, para o bem e para o mal, é igual a mim. É muito conversadora, está sempre bem-disposta, mal chega alguém a nossa casa, é logo como se fosse da família... A Maria tem o feitio do pai. É tímida, mas muito meiguinha, e depois de conhecer as pessoas é muito dada. Ela é cem por cento portuguesa: muito teimosa! A Helena é uma assanhada, mas acho que é mais como a Paula.



Lux -O Duda não manifesta vontade de ter um rapaz?

A. - (risos) Apesar de ele também levar as filhas para o campo e jogar com elas, sei que gostava de o fazer com um rapaz. Mas, na verdade, acho que eu, mais do que ele, gostava de ter um rapaz para lhe dar esse prazer.

Lux -Têm tempo só para os dois?

A. - É difícil, mas o Duda telefona à minha mãe e grita «socorro» e conseguimos estar os dois.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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