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Nacional
Natália Ribeiro em 2 de Janeiro de 2013 às 09:01
Fotos: Jorge Corrula regressa ao palco dois meses depois de ser pai
Sereno e confiante, Jorge Corrula subiu ao palco da Sala Azul do Teatro Aberto na noite de estreia da peça «Há Muitas Razões para uma Pessoa Querer Ser Bonita».

«Não estava nada nervoso, acho que foi a primeira estreia em que não estava nervoso. Estava seguro do papel e das movimentações», confessou o ator no final do espetáculo.

Apesar de ter sido mãe de Beatriz há apenas dois meses, Paula Lobo Antunes não quis faltar à estreia e aplaudiu o desempenho do namorado. «Tinha de vir. Deixar o bebé faz parte. Uma pessoa também tem de saber libertar-se e a vida tem de continuar dentro dos possíveis. A Beatriz ficou com a baby-sitter, que é uma pessoa de extrema confiança que já trabalha comigo há muitos anos. Sei que ela está bem entregue, confio plenamente», explicou a atriz.

Radiante com o seu novo papel de pai, Jorge Corrula tem-se desdobrado entre a gravação de uma série, o teatro e a filha. «É horrível porque chego a casa e ela já me parece outra pessoa [risos]. A Beatriz é perfeita, deixa-nos dormir sete horas seguidas, o que é muito bom. É uma experiência única. Sei que é um lugar-comum dizer isso. E para nós, atores, passar pela experiência de ter uma criança, um ser dependente de nós para tudo e que vai amar-nos incondicionalmente e vice-versa é uma coisa que, emocionalmente, devia ser obrigatória», revela o ator.

«Há Muitas Razões para uma Pessoa Querer Ser Bonita» junta em palco Jorge Corrula, Sara Prata, Ana Guiomar e Tomás Alves. «Estava a morrer de nervos antes de entrar, mas acho que correu bem. Espero que as pessoas se divirtam tanto a ver como nós nos divertimos a fazer», sublinha Ana Guiomar, que teve na assistência o namorado, Diogo Valsassina.

A comédia, que reflete sobre a importância da imagem e da aparência, tem encenação de João Lourenço, que no final do espetáculo subiu a palco com uma t-shirt que dizia: «Mesmo com um Governo assim o Teatro Aberto continua.» Um grito de revolta do encenador contra a atual política cultural.

«Esta gente [Governo] tirou-me do sério. Estou com esperança, porque acredito que as pessoas hão de fazer com que este Governo caia. Eles estão a dar cabo não só da cultura mas do nosso país. Quero pessoas sérias lá à frente. Isto já não está ao nível dos partidos, está ao nível da seriedade e esta gente não é séria! Estou preocupado. Como dizia o outro, a cultura é o sal da democracia», acrescentou o encenador.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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