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Nacional
Linda de Suza, ameaçada de morte, pede ajuda à embaixada em Paris
Linda de Suza (Lux)
Redação Lux  com AM em 1 de Fevereiro de 2010 às 17:09
A intérprete e autora do livro «A Mala de Cartão», Linda de Suza, apresentou queixa em França por «usurpação de identidade» e roubo de milhões, avança o jornal «Expresso».

Segundo o jornal, a portuguesa garante que reuniu «todas as provas» de que recebeu ameaças de morte e já pediu protecção à polícia francesa.

A conhecida Linda de Suza, que facturou milhões e milhões no mundo do espectáculo em França, entre os anos 1970 e 1990, encontra-se hoje arruinada e garante que não recebe «quase nada» de direitos de autor nem da Caixa francesa de Aposentações.

«Falsificaram os meus documentos, atribuíram-me dois números de cartão de residente e de segurança social em França, modificaram mesmo a data da minha chegada a França, pondo 1979 quando eu cheguei em 1970, e, desse modo, desviaram o meu dinheiro abrindo contas secretas que eu desconhecia, uma no banco Rotschild, em Paris, e outras no Luxemburgo», afirma Linda de Suza ao Expresso, acrescentando que «na altura era ingénua, era muito humilde, acreditava nas pessoas e não controlava nada da contabilidade e do dinheiro que ganhava com os discos, os espectáculos, o livro, os filmes».

Devido ao facto de os seus produtores da época (Carrère) não terem, alegadamente, declarado praticamente nada do que Linda de Suza ganhou, nem aos impostos nem à segurança social, a cantora declara que não consegue «sequer receber uma pensão de reforma».

Algumas fontes, em Paris, referem ao jornal que Linda de Suza vive hoje com menos de 30 euros por mês, mas a artista recusa-se a confirmar ou desmentir esta informação.

A emigrante portuguesa assegura que já contactou a embaixada de Portugal para comunicar a sua situação.

Recorde-se que Linda de Suza, que nasceu em 1948 numa aldeia alentejana do distrito de Beja, emigrou aos 22 anos, clandestinamente, com um filho nos braços, para França, onde protagonizou uma história de surpreendente êxito que correu o mundo. Depois de ter sido uma humilde emigrante mulher-a-dias, tornou-se, na década de 1980, uma das artistas que mais discos vendeu em França.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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