O patriarca de Lisboa afirmou esta quarta-feira (2), na missa que celebrou em honra de Sophia de Mello Breyner Andresen, que rezava com palavras da poetisa.
A missa, à qual assistem cerca de 80 pessoas, decorre na Capela do Rato, de onde a urna seguirá para o Panteão Nacional.
«Eu rezo com palavras de Sophia», disse, a abrir a homilia, Manuel Clemente, patriarca de Lisboa que acrescentou que a poesia de Sophia «é de luz que se trata, luz solar e esplendorosa, luz surpreendente, intensa demais para o olhar de quaisquer».
Ao longo da homilia, o patriarca citou amiúde poemas de Sophia e traçou a sua biografia desde «a recolhida luz do Porto, onde nasceu, à luz clara e alargada de Lisboa», cidade onde morreu há uma década, aos 84 anos.
Durante a eucaristia, foi lido um excerto da Carta de S. João, por Guilherme de Oliveira Martins, presidente do Centro Nacional de Cultura (CNC), e o salmo «Esta é a geração dos que procuram o Senhor», pela escritora Leonor Xavier.
Durante a eucaristia, no momento das intenções, foram cedidas orações pelos artistas e pelos escritores e por um «Portugal mais justo e fraterno», como evidencia a obra de Sophia.
Na missa estão presentes, entre outras personalidades, o ensaísta Eduardo Lourenço, a atriz e ex-deputada Maria Barroso Soares, o presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Artur Santos Silva, o presidente da Fundação Inês de Castro, José Miguel Júdice, e a jornalista Maria João Avillez.
À chegada da urna à capela encontravam-se alguns populares, um pouco alheios à cerimónia, mas surpreendidos pelo aparato do cerimonial de honra da Guarda Nacional Republicana.
Lusa