Renato Seabra compareceu esta quarta-feira em tribunal de Manhattan. A audiência durou sete minutos e serviu apenas para o ex-modelo ver nomeado pelo Tribunal um novo psiquiatra para analisar o seu caso.
A nova avaliação, determinou o juiz Charles Solomon, terá lugar no dia 15 de setembro, quinta-feira, na presença de um psiquiatra, da procuradora Maxine Rosenthal, do advogado de defesa, David Touger, e de um intérprete.
Segundo a agência Lusa, caso seja considerado necessário poderá ser marcada para outra data uma continuação da avaliação, após o que a procuradoria irá entregar no tribunal um relatório psiquiátrico sobre Seabra, em data a definir.
Numa sessão onde esteve o jovem português, acusado de homicídio em segundo grau e detido na prisão de Rikers Island, o juiz Solomon pediu à procuradora para entregar à defesa alguns elementos em falta, em particular análises de ADN e relatórios de medicina legal.
«Ainda esperamos esses relatórios. [A procuradora] quer lê-los primeiro, antes de os entregar, foi o que ela disse. O juiz foi claro que quer tê-los antes da próxima audiência», disse o advogado de defesa à saída do tribunal.
«A Procuradoria ainda está a trabalhar para concluir o relatório [psiquiátrico]. Quando concluir, andamos em frente», afirmou David Touger.
A próxima sessão ficou hoje marcada para 04 de outubro e quando todos os elementos estiverem entregues, adiantou o advogado, poderá ser marcada a data para o julgamento.
Com base no relatório psiquiátrico já entregue pela defesa, feito por um «perito reconhecido», Touger acredita que o juiz não vai impedir o recurso tipo de defesa que pretende, alegando problemas mentais do jovem para que seja internado num hospital psiquiátrico.
Segundo Touger, não há contactos com a Procuradoria sobre um acordo extra-judicial.
«Nada é a 100 por cento, mas estou bastante certo» de que o caso vai a julgamento, adiantou o advogado.
Seabra compareceu na sessão de hoje no tribunal de Nova Iorque, com as mãos algemadas atrás das costas e sempre com uma expressão séria no rosto, seguindo com atenção a tradução que o intérprete lhe ia fazendo das palavras do juiz, defesa e acusação.
Na sala esteve também a sua mãe, Odília Pereirinha, que continua a visitá-lo em Rikers Island, e «está a lidar» com as dificuldades, afirma o advogado.
Touger não se mostra preocupado com a segurança do jovem modelo português que, medicado e a receber acompanhamento psiquiátrico, está a partilhar uma cela com dezenas de outros reclusos em Rikers Island.
Seabra está acusado de homicídio em segundo grau pela procuradoria de Nova Iorque. O jovem de 21 anos mostrou-se calmo e sereno durante toda a audiência. A próxima sessão ficou marcada para dia 4 de outubro.