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Redação Lux em 15 de Fevereiro de 2014 às 11:19
Meco: Pais apresentam queixa-crime contra sobrevivente
Redação Lux em 15 de Fevereiro de 2014 às 11:19
Os pais dos seis jovens que morreram na praia do Meco vão apresentar «queixa-crime contra o sobrevivente, João Gouveia, algumas entidades e incertos», disse à Lusa a mãe de uma das vítimas, sem especificar a que entidades se referia.

«Vamos apresentar uma queixa-crime porque já é muito tempo de espera. E o requerimento que apresentámos, para nos constituirmos como assistentes do processo, ainda não foi deferido», disse Fernanda Cristóvão, mãe de Ana Catarina Soares, uma das seis vítimas da tragédia de 15 de dezembro na praia do Meco, concelho de Sesimbra.

Inconformados com o silêncio de João Gouveia, que nunca acedeu a dar-lhes qualquer explicação sobre as circunstâncias em que morreram os seis jovens, os familiares decidiram avançar com a queixa-crime, mas remetem mais explicações para o advogado que os representa, Vítor Parente Ribeiro.

A agência Lusa tentou falar com o advogado ao final do dia, mas ainda não foi possível estabelecer contacto.

Em declarações ao Público e à TSF, o advogado das famílias, Vítor Parente Ribeiro, adiantou que também será apresentada, na próxima semana, uma queixa-crime contra a Universidade Lusófona, onde os jovens estudavam.

O advogado disse também que esta decisão baseou-se não só no facto de não ter ainda chegado resposta sobre o pedido para os pais se tornarem assistentes no processo, mas também porque os familiares recolheram uma «série de elementos» que entendem ser «matéria criminal».

Entre estes elementos estão, segundo o advogado, alguns revelados pela TVI e que dão conta da existência de documentos escritos por uma das vítimas que revelam que 10 pessoas, e não sete, seriam esperadas no fim de semana do Meco.

A decisão dos familiares dos seis jovens que morreram na praia do Meco, na madrugada de 15 de dezembro, ocorre poucas horas da reconstituição da tragédia pela Policia Judiciária de Setúbal, com a colaboração do sobrevivente, João Gouveia.

Durante mais de duas horas, a Polícia Judiciária tentou perceber as circunstâncias em que morreram os seis jovens, dois rapazes e quatro raparigas, todos alunos da Universidade Lusófona de Lisboa.

Segundo João Gouveia, o grupo de sete jovens, que estava a passar o fim de semana numa casa alugada na localidade de Aiana de Cima, no âmbito das atividades da comissão de praxes da Lusófona, terá sido arrastado por uma onda quando se encontrava na praia do Meco.

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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