Um grupo de cientistas do qual um médico português faz parte desenvolveu um tratamento inovador para um determinado tipo de cegueira, através da substituição dos genes mutados por cópias boas, cujos ensaios realizados em humanos começaram esta semana.
O ensaio clínico para tratar a cegueira originada por uma doença genética conhecida como coroideremia arrancou esta semana em Oxford, tendo grande parte do trabalho pré-clínico sido liderado por Miguel Seabra, do Imperial College London e da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova. O ensaio é liderado por Robert McLaren, professor de Oftalmologia na Universidade de Oxford.
Em declarações à Lusa, reproduzidas pelo semanário «Expresso», o cientista português explicou que em causa está uma doença genética onde «as pessoas adquirem um gene mutado que não funciona e que tem que ser substituído para restituir as suas funções».
E foi exatamente isto que os investigadores fizeram: substituíram nas células o gene mutado por uma cópia boa.