2022 pode ser um grande ano para Jessica Chastain. A atriz, que já esteve duas vezes nomeada ao Óscar, por um papel principal e outro secundário, está novamente na corrida pela estatueta dourada com a sua interpretação em “Os Olhos de Tammy Faye”, que acompanha a vida de uma famosa apresentadora evangelista americana, que morreu em 2007. Um papel que valeu a Jessica Chastain a nomeação para Melhor Atriz, competindo com “pesos-pesados” como Nicole Kidman ou Penélope Cruz, mas que também lhe fez perceber que partilha com a personagem algumas formas de pensar.

“Acredito que toda a gente merece o amor incondicional. Acredito no perdão, que muitas vezes a maldade ou a agressão vêm da tristeza ou da insegurança de alguém. Há uma cena no filme em que adolescentes estão a fazer troça da Tammy, e ela vai ter com eles e têm uma conversa. Isso realmente aconteceu. No final da conversa, esses jovens estavam a abraçá-la. Ela foi capaz de ver a dor neles e de a curar. Não estou a dizer que sou capaz de curar a dor das pessoas, mas sei que desprezo o sarcasmo e o cinismo. Adoro pessoas que são reais, que sentem os seus sentimentos, que se expressam. E acho que a Tammy também era assim”, explicou Jessica numa recente entrevista ao Screen Daily.

Aos 44 anos e com uma carreira recheada de sucessos, a atriz não esquece quem foi fundamental na busca pelo seu sonho, e consegue destacar um momento que a marcou: “A primeira nomeação ao Óscar, com certeza. Essa é a coisa mais louca que poderia imaginar – estar nos Óscares com a minha avó. Ela mudou-me para Nova Iorque quando entrei na Juilliard School, ajudou-me a juntar dinheiro. Consegui uma bolsa de estudos, fiz uma tonelada de empréstimos. Ela também se mudou para Los Angeles comigo e foi minha colega de quarto, levou-me a cinco audições por dia. A minha família fez tantos sacrifícios para me levar até ali, por isso, ao ver a minha avó a olhar para mim naquele palco, eu soube que não foi à toa”, revelou, na mesma entrevista.