Já conseguiu o estatuto de ícone de cinema e o seu famoso sorriso não deixa ninguém indiferente. Aos 54 anos, Julia Roberts soma sucessos cinematográficos, mas é também uma personalidade que cativa várias marcas. A Chopard é uma delas, com Roberts a ser eleita para a campanha do icónico relógio Happy Sport.
“Foi sorte minha que a Chopard tenha vindo ter comigo, houve uma sinergia imediata. Enquanto admiradora de longa data da marca, acho fantástico”, afirma a atriz, que, este ano, será também a madrinha do Troféu Chopard no Festival de Cinema de Cannes. Um galardão que irá entregar a dois atores revelação, feminino e masculino, no certame.
No entanto, e apesar do inegável sucesso e reconhecimento geral, Julia Roberts não encaixa nos parâmetros das estrelas de Hollywood. Terra a terra, a atriz faz questão de, quando despe uma personagem, voltar a uma vida normal longe dos holofotes e perto da família, o diretor de imagem Daniel Moder, que conheceu enquanto filmava “A Mexicana”, em 2000, e os filhos do casal, os gémeos Hazel e Phinnaeus, de 17 anos, e Henry, de 14. Para Julia Roberts, são eles a prioridade e o que a faz mais feliz. Ao New York Times, a atriz falou do que é para si um momento bom: “Quando há harmonia em casa, nos levantamos, preparamos o pequeno-almoço e os vejo a sair para a escola. Depois, fazer algo com o meu marido, andar de bicicleta, beber um café ou fazer uma refeição em qualquer lado. Ter algum tempo para mim e depois ir buscar os miúdos. Praticar um pouco de lacrosse e fazer o jantar. É o prazer dos detalhes da vida que posso aproveitar, porque tenho um emprego fixe.”
Desde que foi mãe que Julia faz um balanço entre trabalho, que no caso dela exige longas ausências, e família e se isso implicar estar algum tempo sem aceitar qualquer projeto, é isso que escolhe: “Quando estou fora sinto muita falta deles. Se achasse que algo era bom o suficiente e valia a pena teria feito, mas tive três filhos nos últimos 18 anos. Isso eleva ainda mais a fasquia, porque não se trata apenas do facto de ser um bom argumento, é também a equação entre a agenda do meu marido, a escola dos miúdos, as férias… Tenho muito orgulho em estar em casa com a minha família e considero-me uma dona de casa”, diz à mesma publicação, assumindo com clareza as suas escolhas. “Tenho 54 anos. A forma como vejo ou compreendo as coisas e o peso que têm é clara para mim. Quero ser capaz de fazer escolhas e isso pode ser a resposta para ter uma vida feliz. Penso, ‘por que é que vou deixar de viver a minha vida feliz para ir fingir que vivo uma vida feliz’?” Porém, apesar deste equilíbrio, representar continua a ser uma parte importante da sua vida e, por isso, para o ano,
Julia Roberts vai voltar ao grande ecrã com o filme “Ticket to Paradise”, uma comédia, ao lado do grande amigo George Clooney. Por enquanto pode ser vista na série “Gaslit”, uma série da Amazon, na pele de Martha Mitchell, a mulher de John N. Mitchell, procurador-geral dos Estados Unidos no governo do presidente Richard Nixon, protagonizado por Sean Penn, e que se tornou numa das primeiras pessoas a divulgar informações sobre os esquemas de corrupção de Watergate.
