A infanta Cristina ganhou 510 mil euros depois de ter investido apenas 1503 na empresa Aizoon, que criou em sociedade com o marido, Iñaki Urdangarin - que investiu o mesmo valor -, em 2003, avança o El Mundo.

Com apenas 3006 euros, o valor mínimo exigido para construir uma sociedade limitada, a infanta criou a empresa de onde recebia semanalmente entre 600 e 700 euros.

Na sua declaração de IRS de 2006, 50% do valor patrimonial de Aizoon SL era de 572406 euros, cerca de 380 vezes o seu valor inicial. A «investigação Urdangarín» está a investigar o caso e descobriu que a empresa servia apenas para recolher o dinheiro público que saía do Instituto Nóos e que era recebido de várias instituições, entre as quais a Generalitat Valenciana (3,5 milhões de euros).

A investigação concluiu ainda que 95% do capital que a Aizoon recebia era proveniente do Instituto Nóos e os restantes 5% da empresa Nóos Consultaría Estratégica, propriedade de Iñaki Urdangarin e do seu sócio, Diego Torres.

Com acesso aos dados da contabilidade da empresa foi ainda revelado que a infanta Cristina e o marido pagavam com o dinheiro da empresa a maioria dos gastos familiares: faturas de telemóveis (16 mil euros em cinco anos), aluguer de carros (48 mil euros), luz, gás, refeições em restaurantes de Madrid e Barcelona, vinho (6500 euros) e catering de comida chinesa (5 mil euros), assim como numerosas compras de flores, bilhetes para espetáculos e viagens comboio.