O ministro do Trabalho francês, Eric Woerth, é acusado de ter conhecimento de uma fraude fiscal da L`Oréal, na sequência de escutas de conversas de Liliane Bettencourt, herdeira L'Óreal e neta da fundadora do império cosmético (a química Eugène Schueller).
Nas conversas, publicadas pelo site Médiapart, são reveladas operações financeiras que a milionária realiza para fugir aos impostos, referindo contas bancárias não declaradas na Suíça e nas Seychelles e os nomes do ministro francês do Trabalho, Eric Woerth, e de Patrick Ouart, conselheiro legal do presidente francês.
Várias vozes da oposição argumentam que é muito pouco credível que o ministro do Trabalho desconheça esta fraude, uma vez que a sua mulher, Florence Woerth, era a responsável pela gestão da fortuna da milionária.
As gravações que fizeram rebentar este escândalo na «corte» de Sarkozy foram feitas por um dos mordomos da mansão de Liliane que, nos últimos dez anos, gravou todas as reuniões de negócios e que, por isso, está detido e vai ser julgado por invasão de privacidade.
Este escândalo nasce de um processo novelesco cujo julgamento está agendado para o próximo dia 1 de Julho.
Françoise Bettencourt-Meyers, filha de Liliane, acusa o fotógrafo Marie-Banier a quem a mãe deu mil milhões de euros quadros originais e vários seguros de se aproveitar do estado senil da progenitora, Liliane Bettencourt, de 87 anos, para lhe extorquir dinheiro.
Liliane continua a defender que os mil milhões de euros foram dados «a um amigo», acusando a filha de querer controlo único do império cosmético.