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A saúde da pele começa no banho
Água (Arquivo)
Redação em 8 de Setembro de 2009 às 12:10
Para a nossa pele se manter saudável e bela é necessário que esteja bem cuidada. Particularmente no Inverno, em que o frio e o vento a fragilizam. Quando o tempo quente chega, todos começam a pensar na praia e a preocupação com o aspecto da pele aumenta.

É na Primavera que o resultado da nossa «indolência» invernal mais se manifesta e em que é essencial retomar os cuidados com a nossa pele.

O banho faz parte dos cuidados básicos de higiene da pele. Se, na Idade Média, a água era vista como capaz de se infiltrar no corpo e o banho fragilizaria os órgãos e provocaria imbecilidade e debilidade, a partir de meados do século XVIII o banho é reabilitado e, na actualidade, faz parte dos hábitos de higiene diária de muitas pessoas

no mundo ocidental.

Serve para eliminar as células mortas, retirar poeiras, pós e detritos que se acumulam à superfície da pele, e os múltiplos cremes e/ou maquilhagem que nela aplicámos.

A água só retira as partículas que hidrossolúveis, isto é, solúveis em água; para a restante sujidade é necessário usar um produto específico - um gel de banho ou um sabonete - que tenha acção detergente, com remoção de gordura. Mas, atenção, não deve ser agressivo para a pele.

Os sabões clássicos têm na sua composição substâncias químicas (tensioactivos aniónicos) com capacidade de emulsionar as gorduras, ou seja, de permitir que se faça uma reacção química em que as gorduras são eliminadas com a água. Mas têm dois inconvenientes: são demasiado alcalinos e demasiado desengordurantes.

Se o pH da pele for modificado, isso vai alterar o equilíbrio da flora residente, favorecendo o aparecimento de estirpes de microrganismos patogénicos.

Se for demasiado desengordurante, por sua vez, vai fragilizá-la, torná-la menos resistente aos microrganismos e poluentes exteriores. Imagine um tecido de seda. Não o vai lavar com lixívia, pois não?

Danificá-lo-ia irremediavelmente. Agora imagine a sua pele, uma estrutura flexível, macia, impermeável e delicada. Não vai querer usar um produto que a fragilize, pois não?

Quererá limpá-la sem que ela fi que áspera, vermelha ou a descamar, como acontece com sabões vulgares. Para isso deverá usar um gel de banho que respeite a pele. Que tenha um pH fisiológico (pH de 5,5), compatível com a pele, que retire a sujidade sem retirar a camada protectora cutânea e que não deixe resíduos irritantes para a pele (há sabões que precipitam com o cálcio existente nas águas duras da torneira e causam irritações e eczemas).

Mas, além disso, pode ainda reforçar a camada protectora cutânea se deixar uma camada lipídica à superfície. digamos que conjuga a acção de limpeza com a função «hidratante» ou, em termos médicos, função emoliente. Na realidade não é bem uma hidratação porque não é o produto que coloca água na pele; o que os lípidos do produto fazem é selar a água nas células, que entrou por osmose.

E a reposição deste filme hidrolipídico confere-lhe elasticidade e maior resistência. Alguns produtos de higiene têm essa dupla capacidade: de limpeza e de «hidratação». E é isso que um bom gel de banho consegue fazer: limpar a sua pele, mantendo-a íntegra e suave. Afinal não é só a sua pele que é extraordinária, um bom gel de banho também o pode ser.

Dra. Leonor Girão

Hospital Militar de Belém

Tel. 21 364 41 51
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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