A 30.ª edição do Portugal Fashion, que terminou no sábado no Porto, sofreu um corte de receitas privadas na ordem dos 10 por cento, que obrigou a poupanças no supérfluo, mas o balanço final é «francamente positivo», garante a organização.

«Tivémos menos receitas da parte privada nesta edição do que em anteriores, com menos dois patrocinadores importantes», admitiu, em entrevista à Lusa, Manuel Teixeira, presidente da Comissão Executiva do Portugal Fashion.

O corte no orçamento, na ordem dos 10 por cento, não interferiu, todavia, com a qualidade das coleções dos criadores e das marcas parceiras, afirmou aquele responsável, explicando que o Portugal Fashion poupou em «situações que o público nem nota», «coisas menores» e que «são supérfluas», como «alguns confortos», designadamente em café e souvenirs.

Manuel Teixeira disse que estava satisfeito por se ter conseguido fazer um evento com qualidade, não só do ponto de vista dos espaços, mas também do conteúdo que foi apresentado pelas marcas e criadores.

Nesta 30.ª edição, a organização estima que recebeu cerca de 10 mil visitantes nos quatro dias de Portugal Fashion.

«O balanço não se pode fazer só pela quantidade de presenças, porque muitas vezes o que interessa é a qualidade do público que aqui está», observa.

A próxima edição do Portugal Fashion ainda não está fechada, mas já é um dado adquirido que a sua base será sempre o Porto e que a Alfândega e o Espaço Bloom serão plataforma para novos criadores se apresentarem.

A ideia de repetir o arranque do Portugal Fashion noutras cidades portuguesas, como sucedeu este ano em Lisboa, também é uma forte hipótese, adiantou Manuel Teixeira.

Lusa