Desenho de figura humana com o modelo nu. O corpo «embrulhado» em tecidos como lençóis que tapam, escondem, revelam! Este foi o quadro pintado pelo estilista José António Tenente, na abertura do terceiro dia da 31ª edição da ModaLisboa|Estoril.<br/><br/>O estilista inovou na apresentação da sua nova colecção, ao trocar a passerelle por uma «tela», o que mereceu rasgados elogios de quem assistiu às quatro sessões contínuas. José António Tenente optou por volumes e texturas, que envolveu em silhuetas fluidas, numa paleta de gesso e mármore, originando uma valorização do branco cru e dos cinzentos ténues.<br/><br/>Para o final do espectáculo, que decorreu no Teatro da Confluência, Tenente guardou uma surpresa especial. A convite do estilista, Bárbara Guimarães regressou à <i>passerelle</i> da ModaLisboa, ostentando um sensual vestido em vários tons verdes, numa combinação muito elegante e bonita. Manuel Maria Carrilho assistiu ao desfile e, certamente, terá ficado orgulhoso com a forte presença da mulher.<br/><br/><a href="http://www.modaesocial.iol.pt/galerias.php?div_id=2455&art_id=1001145" target="blank"><b>Galeria: fotos do terceiro dia</b></a><br/><br/>Quem também esteve presente na Cidadela de Cascais foi outra das «namoradas de Portugal»: Catarina Furtado. A apresentadora não perdeu pitada do desfile do amigo Nuno Baltazar, que se inspirou na personagem kit do filme «The Sheltering Sky», para contar uma história nostálgica à qual chamou «Travellers». <br/><br/>A «perda», o «desespero» e o «deserto» africano foram chamados à <i>passerelle</i> por Nuno Baltazar, através de efeitos drapeados, envolvidos em enigmáticos jogos de cores. Neste cenário, o branco, o cinza luminoso e sépia entraram em choque directo com as tonalidades prata, bronze e ouro, produzindo um efeito elegante.<br/><br/><a href="http://www.videos.iol.pt/consola.php?projecto=257&mul_id=12484954&tipo_conteudo=1&tipo=2&referer=1" target="blank"><b>Vídeo: desfiles do terceiro dia</a></b><br/><br/>Entre o final de um desfile e o início de outro contam-se apenas 30 minutos, a menos que os atrasos preguem partidas. A organização distribui revistas pelos lugares de destaque e prepara minuciosamente o recinto antes dos sinos voltaram a encaminhar a multidão para a tenda principal. <br/><br/>Também foi esta rotina que antecedeu a apresentação excêntrica de Katty Xiomara, que se envolveu no teatro profundo de um «mimo». A estilista optou por cores teatrais ligadas à linguagem mímica, com o preto, o branco e o cinzento, às quais juntou verdes azulados e azuis esverdeados.<br/><br/>O dia mais longo até então da 31ª edição da ModaLisboa contou também com as propostas de Ricardo Preto, Aforest-Design e White Tent. Ricardo Preto foi buscar ao mediterrâneo a inspiração para a sua colecção «tranquila» e «doce». O preto e o branco estiveram presentes em sedas, jersey e algodão, naquela que se pretende ser uma obra clássica. A White Tent «camuflou» a sua proposta e brincou com transparências que não revelaram o corpo dos manequins, mas revelaram a sua silhueta. Já a Aforest-Design enveredou pelo estilo «Combo», que tem como génese as múltiplas combinações possíveis.<br/><br/>O final do dia ficou a cargo de Luís Buchinho. O <i>designer</i> sugeriu várias formas répteis, à imagem dos lagartos e camaleões, que transformou em peças de cortes híbridos. O estilista usou tons minimos, como o branco e o preto, numa colecção que também apresenta uma vertente desportiva.<br/><br/>O penúltimo dia do evento foi também o mais concorrido até ao momento pelos famosos. José Castelo Branco e <i>lady</i> Betty Grafstein deram o ar da sua graça, num dia em que também passaram pelo recinto José Eduardo Moniz, Francisco Penim, Elsa Raposo, João Gil, Jorge Corrula e Paula Lobo Antunes, Joana Seixas, entre outros.<br/><br/>A ModaLisboa termina este domingo com as apresentações de Aleksandar Protich (15h), Nuno Gama (16h), Lara Torres (17h), Ricardo Dourado (18h), Pedro Mourão (19h) e Filipe Faísca (20h).