A defesa de Carlos Cruz no processo Casa Pia perdeu a paciência com as alterações de factos da acusação comunicados pelo colectivo de juízes, considerando que estas têm «falta de fundamentação ou justificação razoável».

Segundo a agência Lusa, a juíza-presidente Ana Peres anunciou, esta segunda-feira, mais quatro alterações ao despacho de pronúncia, sendo que um delas passa de um crime para dois crimes de abuso sexual de menores imputados ao arguido Carlos Silvino, duas alterações de data e uma de lugar.

Apesar de as alterações comunicadas pelo tribunal não visarem directamente Carlos Cruz, o seu advogado, Ricardo Sá Fernandes, requereu a sua «nulidade», num longo requerimento em que se insurge contra o que considera ser uma «tortura psicológica», mais adequada «à Inquisição do que ao Estado de Direito».

Segundo o advogado de Carlos Cruz, este encontra-se «exaurido do ponto de vista psicológico, afectivo e financeiro», e quer que o tribunal lhe diga «de uma vez por todas se é culpado ou inocente».

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