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Nacional
Cavaco Silva evoca «profundo humanismo» de Urbano Tavares Rodrigues
Urbano Tavares Rodrigues Foto: Lusa
Redação Lux em 10 de Agosto de 2013 às 10:19
O Presidente da República, Cavaco Silva, enviou na sexta-feira (9) uma mensagem de condolências à família de Urbano Tavares Rodrigues na qual recorda a «rara sensibilidade» e o «profundo humanismo» do escritor, assim como a sua faceta de «académico brilhante».

«Dotado de rara sensibilidade e de profundo humanismo, Urbano Tavares Rodrigues não era apenas o escritor e o artífice da palavra cuja originalidade se desdobrou em dezenas de obras de ficção inesquecíveis. Era também um académico brilhante, que mereceu justamente a estima e o afeto de gerações de alunos, uma personalidade cuja afabilidade de trato marcou quantos tiveram o privilégio de com ele contactar», afirma Cavaco Silva.

Na mensagem de condolências enviada à família de Urbano Tavares Rodrigues, o Chefe de Estado manifesta o «profundo pesar» com que ele próprio e a sua mulher, Maria Cavaco Silva, receberam a notícia da morte de Urbano Tavares Rodrigues, «um dos grandes nomes da literatura portuguesa e um intelectual empenhado» na «vida cultural e cívica» portuguesa.

«Por todas as qualidades que o distinguiram, foi com profundo apreço que, em 2008, lhe atribuí a Grã-Cruz da Ordem de Sant`Iago da Espada», recordou Cavaco Silva.

A mensagem de condolências foi divulgada através do sítio oficial na internet da Presidência da República.

Urbano Tavares Rodrigues morreu esta madrugada aos 89 anos.

Urbano Tavares Rodrigues, escritor, jornalista, militante do Partido Comunista, nasceu a 08 de dezembro de 1923 e tinha completado recentemente 60 anos de vida literária.

Enquanto jornalista, trabalhou no Diário de Notícias (para onde entrou logo em 1946), Diário de Lisboa, Artes e Letras, Jornal do Comércio e O Século, entre outros órgãos, e enquanto escritor assinou uma obra em que quase sempre expressou preocupações sociais e políticas.

Preso pela PIDE em 1963 e 1968, usou o segundo período de clausura para escrever «Contos de Solidão», que passou clandestinamente para o exterior. Apesar da intensa atividade na oposição, só em 1969 Urbano Tavares Rodrigues se filiou no PCP, pelo qual chegou a ser eleito deputado, embora não tenha aceitado exercer o mandato.

Urbano Tavares Rodrigues foi distinguido com os galardões literários da Associação Internacional de Críticos Literários e da Imprensa Cultural, bem como com os prémios Ricardo Malheiros, Aquilino Ribeiro, Fernando Namora, Jacinto do Prado Coelho, Camilo Castelo Branco e o consagrado Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores (2003).

LUSA
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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