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Nacional
Funeral de Urbano Tavares Rodrigues realiza-se hoje às 18h
Urbano Tavares Rodrigues Foto: Lusa
Redação Lux em 10 de Agosto de 2013 às 10:03
O funeral do escritor Urbano Tavares Rodrigues, que morreu na sexta-feira, em Lisboa, aos 89 anos, realiza-se no sábado, às 18:00, anunciou a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).

O corpo do escritor está em camâra ardente na sala/galeria Carlos Paredes, no edifício II da SPA, na rua Gonçalves Crespo, em Lisboa, de onde, no sábado, às 18:00, sairá o funeral, «seguindo para o cemitério do Alto de São João, onde terá lugar a cremação pelas 19:00», lê-se no mesmo comunicado.

Reagindo à morte do autor de «Uma pedrada no charco», a SPA referiu-se a Tavares Rodrigues como «escritor notável e plurifacetado, grande combatente pela liberdade e cooperador dedicado da SPA».

A SPA recordou que Urbano Tavares Rodrigues foi também «um jornalista brilhante em jornais como Diário de Lisboa e O Século nos quais, durante anos, se destacou como um respeitado e influente crítico de teatro».

«Ao longo de mais de 60 anos de vida literária e cívica, Urbano Tavares Rodrigues afirmou-se sempre como um homem generoso e solidário, com uma rara capacidade de fazer amigos, como um corajoso militante político nas fileiras do PCP, com várias passagens pelas prisões da ditadura», lê-se no mesmo comunicado da SPA.

A SPA realçou também que Urbano Tavares Rodrigues foi «um intelectual sempre atento ao despontar de novos valores e talentos literários que apoiou com entusiasmo e generosidade».

Licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Urbano Tavares Rodrigues começou a publicar em finais da década de 1940. A sua obra, dividida em mais de 50 títulos, abrange o romance, a novela, o conto, a poesia, o teatro, o ensaio e a literatura de viagens.

«A Imensa Boca Dessa Angústia e Outras Histórias» foi o seu último livro publicado, em abril passado.

Entre cerca dos cem títulos que publicou destacam-se «Bastardos do Sol», «Dissolução», «Estrada de morrer», «Agosto no Cairo: 1956», «O Tema da Morte na Moderna Poesia Portuguesa», integrado depois em «O Tema da Morte: Ensaios», «O Algarve na Obra de Teixeira Gomes», «A Saudade na Poesia Portuguesa», «A Natureza do Ato Criador», «O último dia e o primeiro», «Contos da solidão», «Os insubmissos», «Tempo de cinzas», «Torres Milenários», «Bastardos do Sol», «O Algarve em poema», «Os Cadernos Secretos do Prior do Crato».

Tavares Rodrigues recebeu variados galardões literários, nomeadamente o Prémio Ricardo Malheiros, por «Uma Pedrada no Charco», e ainda os prémios da Associação Internacional de Críticos Literários, da Imprensa Cultural, Vida Literária e o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco.

Urbano Tavares Rodrigues escreveu também em diversas revistas e jornais, designadamente no Bulletin des Études Portugaises, na revista Colóquio-Letras, no Jornal de Letras, na Vértice, no Nouvel Ovservateur, entre outros. Foi diretor da revista Europa.

LUSA
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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